Do "vai-te f..." ao "estás a jogar uma merda", Bendtner não esquece Henry e Adebayor
Avançado dinamarquês recorda episódios vividos no Arsenal e como aprendeu com eles.
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Nicklas Bendtner, avançado de 32 anos, atualmente sem clube, recordou o período em que representou o Arsenal, entre 2005 e 2014.
Em entrevista ao "Daily Mail", recordou vários "confrontos", curiosos e caricatos, que viveu com Thierry Henry e Adebayor, e como aprendeu com eles.
"Durante um treino, jogámos um jogo com algumas regras bastante invulgares. São 11 contra 11, mas cada jogador só pode fazer um máximo de dois toques de cada vez. Vejo o [Thierry] Henry, que toca três vezes na bola, e grito com ele. Pat Rice, o treinador adjunto de Wenger, vermelho, grita connosco para continuarmos. "Continua a jogar, por amor de Deus". Mas Henry ouviu-me. Ele vira-se e com o indicador nos lábios diz "Shhhh"", começou por contar.
Mas o dinamarquês, na altura em 2005, com apenas 16 anos, não se deixou ficar e na jogada seguinte atreveu-se a tocar três vezes na bola. Marcaram falta e Bendtner reclamou que houvesse as mesmas regras para todos, o que fez Henry enfurecer-se...
"O Henry diz-me para me calar, mas desta vez com muitas blasfémias. Olhando para trás, penso que foi um bom conselho, mas na altura não o aceitei. Digo-lhe aos gritos que ele é que tem de se calar. Depois aproxima-se de mim e, mesmo na minha cara, diz-me para me ir f****. O Ashley Cole e o Sol Campbell intrometem-se e dizem "Mexe-te, Nicklas, vai, vai, corre e cala-te"", aconselharam. Depois, Bendtner recordou uma conversa a sós com o antigo craque francês.
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"Ele disse-me "tens um grande talento, mas ainda precisas de aprender umas coisas. Como o respeito e a humildade. Lembra-te disto, Nicklas. Respeito e humildade. Quando jogas com os grandes, são eles que mandam. Tudo o que deves fazer é ouvir", contou.
Com Adebayor, o desentendimento aconteceu em 2008, mas em campo, frente ao Tottenham.
"O Wenger mandou o Eduardo e o Adebayor subirem. Ao passar por mim, o Adebayor grita que a culpa é minha por ter de subir e desperdiçar a sua energia. "Estou aqui porque estás a jogar uma merda". Na jogada a seguir, num canto, acabámos por nos pegar, o Adebayor diz que lhe mostrei o dedo [do meio], mas eu não me lembro", afirmou.
"Não sei se foi totalmente deliberado, mas atingiu-me com uma cabeçada no nariz. Comecei logo a sangrar e o meu nariz inchou logo. Como se não fosse já suficientemente grande", concluiu.