Discutiu com Ganso, fez gesto obsceno aos adeptos e foi despedido do Fluminense
Após o empate com o Santos, marcado por troca de insultos com Ganso, um gesto obsceno dirigido aos adeptos acelerou o despedimento do treinador, o terceiro do Brasileirão a cair nesta jornada.
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Oswaldo de Oliveira deixou o comando técnico do Fluminense. A decisão foi tomada esta sexta-feira pelos responsáveis daquele clube brasileiro, no rescaldo de um empate com o Santos marcado por tensões internas: uma violenta discussão com Ganso, no momento em que o substituiu, e um gesto obsceno dirigido aos adeptos, no regresso ao balneário, aceleraram a ruptura.
O treinador alegou ter sido chamado de "burro p'ra c..." pelo jogador. "Eu pedi para ele voltar para fazer a marcação. Ele respondeu um palavrão. E aí eu tirei ele do jogo. Foi isso que aconteceu", contou, na conferência de imprensa. Antes, no relvado, Oswaldo de Oliveira chamou "vagabundo" a Ganso e foi preciso a intervenção de elementos da equipa técnica para evitar o confronto físico.
A versão de Ganso é diferente. Na zona mista, garantiu que "foi por outra coisa" que discutiram. Antes, ainda no relvado, a caminho do balneário, já desvalorizara o incidente: "Eu não trabalho para ele, eu trabalho para o Fluminense e procuro ajudar os meus companheiros, como estava fazendo dentro de campo. Foi uma discussão que houve dentro de campo e ali não há como pedir por favor e dizer obrigado. Faz parte do jogo. Vamos conversar lá dentro e ver o que vai acontecer".
Uma vez no balneário, o que houve foi um pedido de desculpa do treinador, diante do resto do plantel, e um abraço de paz.
Se o desentendimento com Ganso ficou resolvido, o mesmo não terá sucedido com os adeptos, cuja "hostilidade" inspirou o gesto obsceno de Oswaldo de Oliveira, o terceiro treinador do Brasileirão despedido nas últimas horas: antes dele, haviam caído Cuca, do São Paulo, e Rogénio Ceni, do Cruzeiro.