Diogo Pinto pede mais desafios de alto nível: "São os que mais gosto de jogar..."
Lançado ao intervalo por Jorge Simão, Diogo Pinto marcou um “hat-trick” em apenas dez minutos
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O primeiro golo português nas competições europeias em 2025/26 já havia sido dele, no caso no apuramento para a fase regular da Liga dos Campeões. Na quarta-feira, já na segunda eliminatória de acesso à Liga Conferência, foi Diogo Pinto a fazer também o primeiro “hat-trick” luso na Europa na nova temporada, e no espaço de apenas dez minutos: lançado em campo pelo compatriota Jorge Simão ao intervalo, com o Olimpija a perder por 2-0 na receção aos andorranos do Inter Escaldes, marcou aos 55’, 61’ e 65’ – e ainda assistiu para o 4-2 final aos 80’.
Médio ofensivo de 26 anos já tinha sido o primeiro português a faturar na Europa em 2025/26, no apuramento para a Liga dos Campeões. Está no último ano de contrato com o campeão esloveno.
“Estes jogos europeus são os que mais gosto de jogar. O nível é completamente diferente, só o facto de pensar que se está a jogar um jogo destes tem logo outro peso. É curioso que o meu primeiro golo pelo Olimpija já tinha sido nas competições europeias, no play-off da Liga Europa, com o Qarabag [1-1 em 2023/24]”, recorda a O JOGO.
Contratado ao Casa Pia no verão de 2023, o futebolista natural de Tomar está a iniciar a terceira temporada consecutiva na Eslovénia, onde na última época viveu o “momento mais alto” da carreira. “Nunca tinha ganho um título e é incrível, adorei ser campeão e recomendo a todos os jogadores de clubes mais pequenos de Portugal que vão para fora para poderem lutar por títulos, porque é muito mais fixe do que andar a lutar para não descer! Nunca mais quero isso”, assume.
Afastado do apuramento da Liga dos Campeões pelo Kairat Almaty, do Cazaquistão, Diogo Pinto garante ainda assim estar a gostar de trabalhar sob as ordens de Jorge Simão, a exemplo do que aconteceu com João Henriques em 2023/24, na sua primeira época no Olimpija. “Gostei muito da maneira como via o jogo e geria o balneário, e agora também me identifico muito com as ideias do míster Jorge Simão: jogar no chão, bola no pé e intensidade máxima a defender e a atacar”, assegura, revelando que os objetivos do campeão esloveno para a nova temporada passam por ganhar tudo internamente e chegar à fase regular da Liga Conferência: “Conseguimos duas vezes seguidas e para eles aqui é quase uma obsessão. As pessoas podem pensar que é fácil, mas não é, apanham-se sempre equipas difíceis nas eliminatórias.”
A opção pela Eslovénia, confessa Diogo Pinto, deu-se precisamente pela possibilidade de poder jogar jogos europeus, depois de uma época de estreia na I Liga marcada por problemas físicos. “Assim que o míster João Henriques falou-me em Europa, convenceu-me muito rápido. Agora fui campeão, estou a começar bem na Europa e quero continuar assim, tentar fazer uma época ‘top’ e depois logo se vê se consigo ir para um campeonato de nível superior”, frisa, ele que termina o contrato no fim da época, lembrando que do campeonato esloveno têm saído jogadores “para os grandes da Croácia, mas também para a Alemanha ou para a Bélgica”, dando o exemplo do ex-colega Florucz, contratado pelo Union St. Gilloise, campeão belga na última temporada.
O futebol no país balcânico, admite, foi uma agradável surpresa. “As equipas mais fortes, como o Olimpija, o Maribor, o Celje, estão a provar na Europa que o futebol esloveno não é assim tão fraco como se pensa, é muito competitivo. Só não gosto muito do formato do campeonato, porque são dez equipas e quatro voltas: tira um bocado a graça aos dérbis, por exemplo”, sentencia.