"Diogo Jota não é titular por Portugal. Isso diz quanta qualidade tem o United"
Declarações de Arne Slot, treinador do Liverpool, após o empate com o Manchester United (2-2) de Rúben Amorim, em Anfield, na 20.ª jornada da Premier League
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Empate sabe a um ponto conquistado ou dois perdidos? “Claro que, para nós, dá a sensação de dois pontos perdidos. Penso que, para muitas pessoas, o que fica na cabeça durante muito tempo é o que aconteceu no final e isso foi uma grande oportunidade para Maguire, mas tendemos a esquecer que, dois minutos antes, van Dijk teve uma oportunidade talvez tão grande para fazer o 3-2 para nós. No final, foi um jogo difícil, um pouco parecido ao que tivemos com o Nottingham Forest [derrota por 0-1], no qual o estilo de jogo de ambas as equipas foi muito parecido. Eles defenderam num bloco baixo com muitos corpos e, se tivessem a bola, não arriscavam na construção, jogavam longo. Conseguiram encontrar espaço em todos os lances de bola parada, na nossa área e na área deles, e não é sempre fácil defrontar esse estilo de jogo. Foi isso que demonstrámos contra o Forest e foi isso que demonstrámos hoje novamente. Especialmente se eles tiverem uma qualidade tão boa, com jogadores que consigam defender tão bem, não é fácil desbloquear o bloco baixo que tinham”.
Rumores que o apontam ao Real Madrid afetaram a exibição de Trent Alexander-Arnold? “Não acredito nisso. Penso que nove em dez pessoas dirão que o afetou, mas eu sou a décima, que vos diz que não acho que isso o tenha afetado. O que o afetou foi que teve de defrontar Bruno Fernandes e Diogo Dalot, que são dois titulares por Portugal e grandes, grandes jogadores. Temos um jogador fantástico em Diogo Jota e ele não joga a maior parte do tempo por Portugal. Isso diz-vos quanta qualidade tem o United e se estes jogadores se focam num jogo, como o United faz de vez em quando, então é muito difícil jogar contra eles. Defrontar Bruno Fernandes e Dalot foi mais difícil para o Trent do que os rumores que existiram durante a semana. Essa é a minha opinião e provavelmente toda a gente dirá que teve a ver com os rumores, mas penso de forma diferente”.
Porque é que Alexander-Arnold ficou nessa situação de desigualdade? “Não esteve, ele não teve de jogar contra eles sozinho, porque Ryan [Gravenberch] estava perto em nove de dez situações. Mas ele ficou várias vezes em situação de um para um com esses jogadores. Eu digo sempre o quão difícil é para o adversário ficar em situações de um para um contra Salah ou Cody Gakpo, Luis Díaz ou outros que temos, mas estes jogadores também têm qualidades especiais. Penso que a melhor forma de ver isso foram os últimos 10/15 minutos. Nos primeiros 70 ou 80, eles jogaram quase sempre com bolas longas, mas depois do 2-2, o jogo ficou completamente em aberto e deu para ver melhor a qualidade que eles têm quando tentam jogar com a bola no chão. Ficou claro que Trent teve dificuldades em alguns momentos, nós enquanto equipa também tivemos, mas esta também não foi a primeira vez que isso aconteceu a Trent. Penso que na maioria dos jogos que ele fez pelo Liverpool, foi muito, muito, muito bom, mas não acredito se me disserem que ele nunca fez um mau jogo pelo clube. Isso provavelmente já aconteceu antes e penso que foi devido, em grande parte, à qualidade dos jogadores que o United tem, especialmente nas posições que ele teve de defrontar”.