Diogo Jota conta: "Até ter 16 anos pagava para jogar e jogava para me divertir"
Com nove golos em 15 jogos, Diogo Jota intrometeu-se no trio ofensivo composto pelo egípcio Mohamed Salah, o senegalês Sadio Mané e Firmino, sendo o primeiro jogador da história do Liverpool a marcar nos primeiros quatro jogos caseiros para o campeonato.
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Diogo Jota mostrou-se mudou-se do Wolverhampton para o Liverpool em setembro, a troco de 45 milhões de euros, numa das transferências mais surpreendentes do mercado do verão, e demorou pouco tempo a justificar o investimento avultado do conjunto de Jurgen Klopp.
Com nove golos em 15 jogos, Diogo Jota intrometeu-se no trio ofensivo composto pelo egípcio Mohamed Salah, o senegalês Sadio Mané e Firmino, sendo o primeiro jogador da história do Liverpool a marcar nos primeiros quatro jogos caseiros para o campeonato.
Diogo Jota, de 23 anos, atribui o sucesso crescente no topo do futebol internacional à personalidade moldada durante os "contratempos" vividos na formação, na qual transitou do Gondomar, do Campeonato de Portugal, para o Paços de Ferreira, da I Liga.
"Os miúdos de 14 e 15 anos hoje já têm contratos profissionais, o que é bom, mas não foi o meu caso. Até ter 16 anos pagava para jogar e jogava para me divertir. Cheguei a treinar em clubes grandes, mas nunca fiquei. São pequenas desilusões, mas tudo correu bem. O segredo é nunca desistir. Cada experiência torna-te mais forte", notou.
O jogador natural do Porto foi contratado pelos espanhóis do Atlético de Madrid em 2016, mas cumpriu apenas a pré-época sob alçada do argentino Diego Simeone, antes de ser emprestado ao FC Porto por uma época, que antecedeu a viagem para Inglaterra.
"Mesmo quando as coisas não correm como esperado, podemos sempre aprender com as experiências. Eles vinham de uma final da Liga dos Campeões [em 2013/14]. Fiz a pré-época, que significou muito para mim, e aprendi muito. Poderia estar à espera de mais, mas sair era a melhor opção para a minha carreira e não me arrependo", lembrou.
Sem partidas oficiais com os colchoneros nem títulos conquistados pelos "dragões", Diogo Jota seguiu as pisadas de Nuno Espírito Santo e participou na subida de divisão do Wolverhampton, efetivando a desvinculação contratual com os madrilenos em 2018.
Numa conversa mediada pelo jornalista James Pearce, do portal britânico "The Athletic", Nuno Moura, diretor de marketing da Federação Portuguesa de Futebol, destacou o "entusiasmo" em torno de quem venceu a Liga das Nações 2019 pela seleção nacional.
"Não é apenas um futebolista incrível, mas também alguém muito humilde e trabalhador. Toda a gente respeita-o por isso. Esperemos que as coisas continuem a funcionar de forma espetacular para ele nos próximos anos e, com sorte, possa trazer um pouco desse sucesso para Portugal e nos ajude a ganhar mais alguns títulos", desejou.