Lateral e médio deixaram boa imagem na derrota com a Coreia do Sul, marcando posição na corrida ao onze.
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A derrota frente à Coreia do Sul (2-1), na sexta-feira, não impediu Portugal de terminar o Grupo H no primeiro lugar, mas deixou uma imagem pálida das Quinas antes do duelo dos oitavos de final, frente à Suíça. Porém, nem só de apontamentos negativos se fez o primeiro (e único, até ver) desaire luso no Catar.
============03 POS Ultima_0012 (10546019)============ As exibições da dupla, titular no jogo de sexta-feira, renovou a discussão em relação às opções de Fernando Santos para os "oitavos". Diogo assistiu Horta e Vitinha acertou 92 por cento dos passes.
No meio da revolução promovida por Fernando Santos no onze inicial, dois jogadores aproveitaram ao máximo a oportunidade e marcaram posição nas contas do selecionador, já de olho na partida de terça-feira: Diogo Dalot e Vitinha, os mais esclarecidos da Seleção diante dos "heróis" sul-coreanos.
O lateral-direito do Manchester United arrancou a todo o gás. Logo aos cinco minutos, disparou pela direita e assistiu Ricardo Horta para o golo português. Já o médio do PSG foi a bússola da equipa nacional - registou 92 por cento de eficácia no passe (dados Wyscout) -, pautando o jogo e deixando toques de classe um pouco por todo o meio-campo. "Premiado" com nota 7 por O JOGO, Vitinha lançou firme candidatura a uma vaga no meio-campo, ao lado de Rúben Neves, Bernardo Silva e Bruno Fernandes, que, nesta altura, parecem merecer total confiança do Engenheiro. William não entrou bem frente à Coreia e ficou ligado ao tento da reviravolta, sendo que Otávio precisa de readquirir ritmo de jogo. Ou seja, o panorama até parece estar a compor-se para que o ex-FC Porto possa agarrar a titularidade.
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Dalot, por sua vez, tem dois pontos a favor: a ausência de Nuno Mendes, que pode levar Fernando Santos a desviar João Cancelo para a esquerda (já aconteceu com a Coreia), abrindo espaço à direita, e o momento menos exuberante deste último, que ainda procura fazer uma exibição de gala no palco do Mundial. De resto, as últimas três internacionalizações de Diogo serviram sempre para ganhar pontos: dois golos à Chéquia e uma oferta nos jogos contra Nigéria e Coreia.
O selecionador nacional é quem tem a faca e o queijo na mão e opções de qualidade não lhe faltam. O duelo da última sexta-feira provou que Vitinha e Dalot estão mais do que prontos a responder a nova solicitação, que até pode surgir já na terça-feira, em Lusail, desta feita num encontro decisivo.
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