Di María e o caso de jogo ilegal em Itália: sem risco de suspensão para quem não apostou em futebol
Di María é um dos 12 atletas investigados. Em causa, sobretudo, jogo ilegal em salas fechadas de póquer
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O caso da investigação sobre apostas ilegais de 12 futebolistas que hoje veio a público em Itália poderá não ter consequências graves para os atletas, entre os quais se encontra o benfiquista Ángel Di María (na altura dos acontecimentos jogador da Juventus), nomeadamente ao nível de suspensões da atividade desportiva.
Isto porque o caso se refere, sobretudo, a uso de sites de jogos de póquer sem licença, e não a apostas desportivas, nomeadamente em jogos de futebol.
O procurador federal da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Giuseppe Chinè, já solicitou os documentos da investigação à procuradoria de Milão que investiga o caso. Uma vez que esteja na posse dos dados, analisará eventuais infrações dos jogadores. Se se confirmar que nenhum dos 12 jogadores apostou em futebol, limitando-se ao póquer, não poderão ser sancionados pela FIGC.
De acordo com a justiça desportiva italiana, os jogadores - e outros atores do meio - estão proibidos de apostar em provas no âmbito da FIGC, FIFA e UEFA. Em caso de aposta noutra competição, incorrem numa suspensão não inferior a três anos e de uma multa mínima de 25 mil euros.
O Ministério Público tem 60 dias para encerrar a investigação, com possibilidade de prorrogação do prazo. Os jogadores podem avançar com acordos antes de serem acusados, o que levaria a uma redução da sanção para metade, como fizeram recentemente Tonali e Fagioli (estes viram parte da suspensão converter-se em atividades de reabilitação).
Para além de Di María, Alessandro Florenzi (Milan), Nicolò Zaniolo (Fiorentina), Mattia Perin, Weston McKennie (Juventus), Júnior Firpo (Leeds), Raoul Bellanova (Atalanta) e Leandro Paredes (Roma), colega de seleção de “Fideo”, são alguns dos jogadores sob investigação.