Jornal espanhol As dá conta da forma como o avançado soube que não seria opção no Mundial, quando contava jogar a partir dos oitavos de final.
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A ausência de Karim Benzema no Mundial do Catar, por motivos físicos, e depois o adeus do avançado à seleção francesa, continua a dar muito que falar. Na terça-feira, o jornal francês L'Équipe apontou a relação azeda entre jogador e o selecionador Didier Deschamps como estando na origem do desfecho, com o As, de Espanha, a fornecer esta quarta mais contornos sobre o momento em que o mais recente vencedor da Bola de Ouro soube que não iria ser opção no torneio.
No dia 19 de novembro, a federação gaulesa deu conta da lesão, informando que Benzema estava fora do Mundial, perante uma recuperação que não iria durar menos de três semanas. O jornal As adianta que o goleador se deslocou, na companhia do médico Frank Le Gal, a uma clínica em Doha e se mostrou convicto de que estaria apto em dez dias. Ou seja, falharia apenas a fase de grupos.
Neste ponto, Benzema estaria, portanto, disposto a continuar na concentração, mas foi quando já estava no hotel que Deschamps e Frank Le Gal lhe bateram à porta e tudo mudou. "Sinto muito Karim, mas tens de ir", afirmou o médico da seleção, perante o silêncio do selecionador, segundo conta o jornal espanhol, e ao qual Benzema não ficou indiferente. O As fala mesmo em "desprezo" por parte de Deschamps.
Segundo é mencionado, o selecionador viu a oportunidade perfeita para se "livrar" de Benzema e ter caminho livre para apostar em Giroud, avançado que assumiu o papel de titular na prova. A forma fria como foi dada a notícia por parte do médico terá sido mesmo por indicação de Deschamps.
Benzema, dias depois, já não apresentava queixas. Deschamps não chamou ninguém para o lugar do craque do Real Madrid, o que manteve no ar a possibilidade de se juntar à equipa à medida que a França se aproximava da final, que perdeu com a Argentina e na qual Giroud foi substituído ainda antes do intervalo.
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