Der Spiegel explica interesse do JP Morgan na Superliga: 6100 M€ devolvidos em 23 anos
Revista alemã detalha verbas do acordo entre o banco que iria financiar a competição e os clubes envolvidos.
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O projeto da Superliga Europeia foi oficializado no domingo e, em menos de 48 horas, conheceu um enorme travão ao seu desenvolvimento, com a desistência da grande maioria dos clubes envolvidos.
Esta sexta-feira, o banco JP Morgan, que iria financiar a nova competição, pronunciou-se pela primeira vez sobre os recentes desenvolvimentos, assumindo que "avaliou mal" a forma como a operação seria recebida pela esfera do futebol mundial, no mesmo dia em que a revista alemã Der Spiegel revelou detalhes sobre o acordo estabelecido entre a entidade e os 12 clubes fundadores.
De acordo com a publicação, que se baseia em documentos internos a que teve acesso, os clubes acordaram, a troco de uma injeção monetário inicial de 3525 milhões de euros, devolver quase 6100 milhões ao JP Morgan ao longo de 23 anos. Os clubes comprometeram-se, portanto, a pagar anualmente ao banco um total de 264 milhões de euros.
A Der Spiegel, citada pela agência EFE, acrescenta ainda que o documento apontava que a Superliga iria "injetar novos e significativos recursos no futebol", com oito por cento das receitas televisivas anuais, avaliadas num valor mínimo de 400 M€, a serem destinados a "fins solidários".
De recordar que, desde o anúncio da criação da Superliga, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Chelsea, Arsenal, Tottenham, Atlético de Madrid e Inter anunciaram a saída do projeto. Milan e Juventus admitiram a necessidade de "reformular" o plano inicialmente delineado, enquanto Real Madrid e Barcelona expressaram confiança no modelo desenhado, vincando que a competição ficou apenas em "stand-by".