Quando era presidente da UEFA, o agora presidente da FIFA terá ajudado os dois clubes a contornar fair-play financeiro
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O diário alemão Der Spiegel publicou esta sexta-feira novos documentos do Football Leaks, onde é revelado que em 2014 e em 2015 Gianni Infantino, atual presidente da FIFA e na altura presidente da UEFA, permitiu práticas dolosas a Manchester City e PSG para evitarem a exclusão das provas europeias, ao abrigo do incumprimento do fair-play Financeiro.
De acordo com o jornal alemão, Gianni Infantino terá tido reuniões secretas com os representantes dos dois clubes. O então presidente da UEFA terá chegado a acordo para desenvolver mecanismos ilegais que permitiam aos investidores injetar dinheiro de forma a equilibrar as contas.
O fair-play financeiro permite investimento externo, mas estabelece um valor máximo entre 10 a 15 milhões de euros. Em 2014, o Manchester City terá acordado com a Emirates receber 26 milhões de euros a mais em relação ao estipulado no contrato, de forma a suprir um défice de 233 milhões de euros. E em 2015, o PSG terá recebido - adianta o Der Spiegel - uma ajuda de 100 milhões de euros por parte de investidores do estado do Catar, que terá injetado cerca de 1,8 biliões de euros no clube parisiense.
Desta forma, os dois clubes não foram punidos com a exclusão das provas europeias, previstas pelo regulamento lançado do fair-play Financeiro, criado em 2010. Com o novo capital, os clubes evitaram também sanções financeiras e restrições nas inscrições de jogadores.