Treinador italiano reforçou as críticas do presidente do Marselha, que ficou de cabeça perdida após a derrota sofrida em Auxerre
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A derrota sofrida pelo Marselha em Auxerre (0-3), no sábado, incluiu uma expulsão controversa e deixou Pablo Longoria, presidente do atual vice-líder da Ligue 1, completamente de cabeça perdida.
Já depois de o dirigente espanhol ter sido visto a protestar nas bancadas contra esse mesmo lance, no qual Derek Cornelius viu o segundo cartão amarelo aos 63’, levando a que acusasse o árbitro de “corrupção” e ameaçasse aderir ao projeto da Superliga, o treinador Roberto De Zerbi reforçou essas críticas, ainda que de uma forma mais contida.
“Tenho de dizer que o árbitro moldou o jogo com as suas decisões. Não estava nada calmo. Tivemos um penálti claro que não foi assinalado. A expulsão de Cornelius foi escandalosa. Não me parece que ele esteja a agir de má-fé, mas árbitro não estava à altura da tarefa. Talvez tenha havido alguma controvérsia no passado que tenha afetado as suas decisões neste jogo”, suspeitou, em conferência de imprensa.
“Depois do Marselha, não treino mais em França. Se os franceses estão satisfeitos com a arbitragem, melhor para eles... Mas hoje foi um escândalo”, acrescentou o técnico italiano, ao Téléfoot.
Em sentido contrário, o sindicato dos árbitros franceses já reagiu aos protestos de Longoria após a derrota do Marselha em comunicado, negando categoricamente as acusações do presidente e anunciando que fará uma queixa contra si por difamação.
“Não, Sr. Longoria, os árbitros franceses não são corruptos! Perder um jogo não é motivo para pôr em causa a probidade dos árbitros franceses. Sugerir que existe um sistema organizado de corrupção não só é difamatório para os árbitros das ligas profissionais, como mostra uma falta de compreensão do seu trabalho e do seu empenho no futebol, e é uma calúnia para todos os árbitros que arbitram tanto a nível profissional como amador, com todas as consequências que isso pode acarretar. A SAFE não pode aceitar esta situação e, por conseguinte, decidiu submeter o assunto ao Comité Nacional de Ética, na sequência destas observações particularmente escandalosas. Será apresentada uma queixa por difamação, também contra todas as pessoas que estão por detrás das mensagens de ódio e das ameaças de morte recebidas desde ontem à noite”, pode ler-se.