De La Fuente e a final do Euro'2024: "Se não formos Espanha, teremos problemas"

Final: “É o dia em que menos lhes vou pedir [aos jogadores], porque eles vão dar tudo. Vejo as suas caras e só lhes vou pedir para que desfrutem do que ganharam, que é jogar uma final. Não penso no futuro, isso não existe. Só penso em chegar bem ao jogo. Os jogadores criaram muita ilusão e ninguém deu nada a esta equipa, eles ganharam-no. Há um presente e um grandíssimo futuro. Ver um país a dar tudo é algo maravilhoso”. 

Teórico favoritismo de Espanha pode ser prejudicial? “Nós nunca perdemos a perspetiva. Só nos centramos em nós mesmos e não no que se diz. Se não estivermos acima do nível dos últimos jogos e mais concentrados, não poderemos ganhar, mas sei que é o que faremos. Temos um respeito total por Inglaterra, mas se o fizermos, vamos conseguir. Será um jogo equilibradíssimo e não tem nada a ver se eles demoraram muito a marcar [nas meias-finais] e esperaram até ao final”. 

Identidade das duas equipas: “Se não formos Espanha, teremos problemas. Teremos que ser nós mesmos, com as nossas virtudes poderemos ganhar. Se formos nós próprios, teremos muitas possibilidades. Somos a seleção que mais remata, é isso que dizem os dados e são objetivos. Uma das nossas forças é essa, de rematar muito e demonstrar qual é o nosso estilo. Queremos fazer história, ainda que já tenhamos feito parte dessa história”. 

Ausências: “Quero dar graças a Pedri e Ayoze [Pérez], que não podem estar na final. Gavi [médio do Barcelona que falhou o Euro’2024 por lesão] vem para ser o número 27 [da sua convocatória]. Conviverá todo o dia connosco”. 

É assumidamente religioso, mas tem alguma superstição? “A fé é algo pessoal e transferível. A minha inteligência convida-me a acreditar em Deus, que me dá muita segurança e força. Não sou supersticioso, rezo todos os dias, mas não visto todos os dias a mesma camisola com a qual ganho”.