De Jong: "Algo que me dececionou no Barcelona foi o que ganhámos até agora"
Médio neerlandês admite que, em quatro anos, esperava ter vencido "pelo menos o dobro" dos três títulos que venceu até agora
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Frenkie de Jong, médio do Barcelona, falou esta quinta-feira sobre o seu futuro, garantindo estar apenas focado em recuperar de uma lesão sofrida num tornozelo no início da época e voltar a desfrutar de jogar, não estando preocupado com o facto de ter apenas mais um ano de contrato.
“A minha renovação de contrato é um tema para os jornais daqui, mas para mim, não é. Quero jogar futebol e depois verei o que o clube quer fazer comigo e decidirei o quero fazer juntamente com o meu agente e a minha família. As pessoas pensam que quero ficar no Barcelona para sempre porque desfruto da minha vida fora do futebol e está certo, mas depende do que acontece no campo. Se eu sentisse que não podia fazer o suficiente ou ganhar o suficiente aqui, não estaria aqui”, apontou, em declarações à Voetbal International.
Recordando a forma como chegou ao gigante “blaugrana”, em 2019, deixando 86 milhões de euros nos cofres do Ajax, o médio neerlandês, de 27 anos, admitiu que, nestes quatro anos, esperava ter vencido “pelo menos o dobro” dos três títulos que conquistou até ao momento na equipa.
“Estava a negociar com o PSG e Ali [agente] disse-me que o Barcelona vinha a sério e não tive outra opção. O Barça é o clube dos meus sonhos, desde pequeno que queria jogar aqui. Ainda desfruto, mas nem sempre é tudo ideal como imaginas. Algo que me dececionou no Barça é o que ganhámos até agora. Não imaginava quando assinei que, depois de quatro anos, só ganharia uma Liga, uma Taça e uma Supertaça. Pensei que levaria pelo menos o dobro. A pandemia é um período que não tens em conta... esse período custou muito ao clube. Não se pode prever”, lamentou.
De resto, De Jong explicou como esta lesão no tornozelo o afetou ao nível diário numa primeira fase, admitindo ter passado pelo “período mais difícil” da sua carreira.
“Ao início, estava ocupado dia e noite com este tornozelo. Acordava cedo e sentia-o de imediato. Será que inchou? Será que respondeu? Agora, quase perdi essa sensação. No entanto, o tornozelo tornou-se algo que tenho de ter em conta. Terei de continuar a prestar-lhe uma atenção extra em forma de cuidados. Há jogadores que o têm no joelho, eu é no tornozelo. Foi realmente o período mais difícil da minha carreira. Também estive fora no Ajax por um tempo, creio que foi em 2018. Estava à margem no treino quando sucedeu, tentei bloquear uma bola e caí mal, rompendo o ligamento do tornozelo do outro pé, mas não foi nada comparado com esta lesão”, concluiu.
De Jong leva um golo e uma assistência em 13 jogos disputados pelo Barcelona esta época