Treinador do Manchester United pagou do próprio bolso para que as famílias de 30 elementos do seu staff pudessem marcar presença no estádio de San Mamés, em Bilbau, para a final da Liga Europa, esta quarta-feira
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Na véspera de o Manchester United, treinado por Rúben Amorim, defrontar o Tottenham (quarta-feira, às 20h00) numa final da Liga Europa 100% inglesa, Diogo Dalot vincou estar a trabalhar para regressar o mais rápido possível de lesão, não revelando, no entanto, se conta estar neste jogo decisivo.
Num dia aberto à comunicação social, o lateral-direito português referiu pensar apenas no dia a dia da sua recuperação e também refletiu sobre a personalidade do seu treinador, assumindo que algumas críticas que o compatriota fez à mentalidade da equipa durante esta época o afetaram.
“Mesmo que eu não sinta isso, custa-me que ele o tenha dito, porque está a falar da minha equipa, dos meus colegas de equipa, do meu clube. Não quero ver o meu treinador nem ninguém no clube a sentir-se assim. O que é que posso fazer para mudar isso? É nisso que me concentro mais. Tento envolver o maior número de colegas de equipa, o maior número de pessoas possível na mesma energia e depois temos de lutar. É obviamente algo que o clube vai abordar, os jogadores também têm de o fazer. Temos de olhar para nós próprios e ver o que podemos mudar para sermos melhores e tentarmos entrar no mesmo caminho que todos deveriam seguir”, explicou.
Nesse sentido, Dalot descreveu a personalidade do seu técnico como sendo de “bom rapaz”, mas também capaz de “dar um murro na mesa” quando é preciso.
“Os tipos porreiros ganham, não me interpretem mal, ele é um bom rapaz, mas quando tem de dar um murro na mesa ele dá, não tem medo de dizer o que pensa e acho que se viu que, desde que ele chegou, tem as suas próprias ideias, não vai mudar por ninguém, porque acha que é o melhor para o clube e posso garantir que é o melhor para o clube. Vai demorar algum tempo, não é por acaso que quando ele chegou toda a gente fez uma grande manchete sobre a tempestade que temos de atravessar, mas é isso que estamos a fazer, estamos a enfrentá-la agora e vamos ultrapassá-la, e as pessoas vão olhar para trás e ver que foi algo importante para o clube, porque temos de mudar”, referiu.
De resto, Dalot reagiu à notícia de que Amorim pagou do próprio bolso para que as famílias de 30 elementos do staff do United pudessem marcar presença no estádio de San Mamés, em Bilbau, para a final da Liga Europa.
“Mostra o quanto ele quer manter o clube unido e todos na mesma página e o quanto está disposto, neste caso, literalmente a pagar para que todos possam estar juntos. Na minha opinião, trata-se de um gesto espantoso, que poderia facilmente ter sido feito por todos os jogadores, mas só o facto de ele tentar tomar essa iniciativa é algo que considero incrível”, elogiou.