Treinador exaltou o feito da equipa do Santos e recordou as dificuldades financeiras para reforçar o mérito dos jogadores. Final com o Palmeiras de Abel Ferreira será a 30 de janeiro
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O Santos atingiu, na madrugada desta quarta-feira, a final da Taça dos Libertadores, ao vencer o Boca Juniors, por uns expressivos 3-0. Em reação ao feito alcançado na prova sul-americana, o treinador Cuca assumiu que incutiu, desde a primeira hora, confiança no plantel brasileiro para tal.
"[Quando cheguei] Falei ao pessoal que tínhamos de ficar entre os oito primeiros do Brasileirão e que chegaríamos à final da Taça dos Libertadores. Falei constantemente, tornei-me chato. Hoje, falei de novo que tínhamos de ganhar. Senti isso desde o primeiro dia. Para mim é uma satisfação fora do comum", referiu, inicialmente, o técnico.
Cuca, que deverá perder, a breve prazo, o defesa-central brasileiro Veríssimo para o Benfica, admitiu que as dificuldades financeiras "muito grandes" do Peixe complicaram a tarefa e, por isso, exaltou o carácter da equipa santista para o concretizar de um "sonho" de carreira.
"Não podemos contratar, há dificuldades no pagamento, até de prémios. Como não jogam de cara virada, chegamos até aqui [à final], eles fazem-no por amor. Em qualquer outra situação, rebelar-se-iam. Aqui é diferente. (...) Além de dar a vida, com as dificuldades financeiras, promovemos meninos, indo para uma final da Libertadores. É um sonho realizado. Temos feito coisas muito bonitas e, se Deus quiser, vamos conseguir o título", afirmou Cuca.
No próximo dia de 30 de janeiro, a partir das 17 horas, no mítico Estádio do Maracanã, a equipa do Santos vai defrontar a formação do Palmeiras, que bateu o River Plate nas meias-finais da maior competição da América do Sul, orientado pelo português Abel Ferreira.