Cuca no Corinthians sem se livrar do passado: "Subiu uma menina ao quarto..."
Treinador tem sido contestado, fruto de um caso em que foi acusado de violação, em 1987.
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Cuca foi apresentado como novo treinador do Corinthians. O experiente técnico de 59 anos chegou ao clube perante protestos, fruto de um caso ocorrido em 1987, na Suíça, quando alinhava no Grémio, e que lhe valeu a acusação de violação, juntamente com outros três jogadores.
"Esse é um tema delicado, um assunto pessoal meu. Eu faço questão de falar sobre ele e vou tentar ser o mais aberto possível quanto a isso, quanto ao que me cabe. É um tema que aconteceu há 30 anos, em 1987. Estava emprestado pelo Juventude ao Grémio, fiquei uns 20 dias para tirar o passaporte. Tenho vaga lembrança de tudo o que aconteceu porque foi há muito tempo. Nessa vaga lembrança que tenho, eu tinha 20 e poucos anos na época. Nós iríamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, o quarto era onde eu estava junto com outros jogadores. Era um quarto duplo. Essa foi a minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada", afirmou aos jornalistas.
"As pessoas dizem que houve violação. A gente vê e ouve um monte de coisas que são inverdades, chegam a ofender. Eu vou fazer 60 anos daqui um mês, tenho duas filhas, uma de 32 e outra de 34. Elas nem existiam, já era casado com a Regiane e sou casado até hoje. Venho de uma casa onde sou o único homem da casa. Respeitei e respeito todas as mulheres. Nunca encostei o dedo indevidamente numa mulher, nunca, ao longo de todos esses anos que vivo no futebol, já trabalhei com vocês da imprensa, já estive em diversos clubes, já estive duas vezes no São Paulo, no Santos e no Palmeiras. Nunca me foi perguntado isso numa conferência, não é só o Cuca que não falou do tema. Porquê? Porque naquele tempo as leis eram as mesmas", vincou.
"Se a vítima disse que eu não estava e eu juro por Nossa Senhora, que eu amo, que eu não estava, como é que eu posso ser condenado pela internet? O mundo mudou, eu sei disso, sei que a mulher tem uma autodefesa maior, e eu quero fazer parte disso. Eu sou pai, sou avô, sou marido, sou filho. Quero poder cada vez mais ajudar. Por isso estou aqui, um clube que tem 53% de torcida feminina", rematou.
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