À boleia de cinco meses de sonho em Frankfurt, André Silva foi quem mais se aproximou, ficando a seis golos do jogador do United. Pedro Gonçalves superou Bruno Fernandes, Beto e Ricardo Horta
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Autor de 34 remates certeiros nos 51 jogos que disputou em 2021 ao nível de clubes, Ronaldo sagrou-se o melhor marcador português no último ano civil e segue num trono do qual não abdica há várias temporadas.
O registo supracitado ajudou o capitão da Seleção Nacional a tornar-se o maior goleador da história do futebol, ultrapassando Pelé, naquele que foi o mais belo capítulo de um 2021 marcado por um carrossel de emoções, com destaque para o "romântico" regresso ao Manchester United na sequência da saída de uma Juventus afundada numa crise de identidade, onde, ainda assim, conseguiu conquistar o título de artilheiro da Serie A com cinco golos de vantagem sobre Romelu Lukaku (Inter).
A apenas seis golos de distância de Ronaldo surge André Silva. Apesar de um arranque aquém do esperado no RB Leipzig, com apenas oito golos marcados em 25 jogos, o internacional português chegou ao segundo lugar deste ranking à boleia da mira afinada demonstrada pelo Frankfurt na segunda metade da última época, que lhe valeu terminar a Bundesliga no segundo lugar da lista de melhores marcadores empatado com Haaland e apenas atrás do extraterreste Lewandowski.
Artilheiro da edição transata da Liga Bwin e figura de proa no título conquistado pelo Sporting após 19 anos de jejum, Pedro Gonçalves fecha o pódio com 24 golos apontados nas 47 vezes em que entrou em campo durante o ano de 2021. Os números de Pote são dignos dos de um avançado e confirmam a apetência da atual geração de médios portugueses de batizarem as redes adversárias, que também está patente no faro de golo demonstrado por Bruno Fernandes (Manchester United), Sérgio Oliveira (FC Porto) e Tozé (Al-Nassr), todos eles com mais de 15 golos marcados no ano civil que agora se encerrou.
João Félix viveu um calvário
Na lista apresentada ao lado merece destaque a ausência de João Félix, que ainda detém o recorde de jogador português mais caro da história: o Atlético de Madrid pagou 120 milhões de euros ao Benfica pela sua contratação, em 2019. Vítima de diversos problemas físicos , o internacional português viveu um autêntico calvário no caminho da afirmação total na equipa de Diego Simeone e terminou o passado ano civil com apenas quatro golos marcados, registo que não lhe garantiu um lugar no top-50 de goleadores portugueses em 2021.
O pecúlio de João Félix foi semelhante ao de Ricardo Quaresma (V. Guimarães), Tiago Alves (Piast Gliwice), Fábio Sturgeon (Rakow), Tiago Tomás (Sporting) e Francisco Trincão (Wolves), entre outros.
Recentemente chamado à Seleção por Fernando Santos, Rafael Leão tem crescido a olhos vistos no Milan, mas também não conseguiu chegar à meta dos dez golos em 2021, ficando a apenas um remate certeiro de atingir tal objetivo. João Amaral (Lech) e Ricardo Valente (Tulazpor) também ficaram a um golo de distância de Nani e Gonçalo Guedes, os últimos a chegarem aos dois dígitos.