Astro português marcou sempre nas "meias", mas nunca nas finais que disputou pela Seleção Nacional
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O avançado Cristiano Ronaldo prepara-se, aos 40 anos, para disputar a quarta final de uma competição pela seleção portuguesa de futebol, sendo que em todas as ocasiões contribuiu com golos nas meias-finais, mas nunca marcou nas decisões.
Na quarta-feira, o capitão da equipa das quinas consumou a reviravolta diante da Alemanha (2-1), em Munique, que permitiu à formação comandada por Roberto Martínez atingir pela segunda vez a final da Liga das Nações, depois da conquista de 2019.
De resto, o avançado marcou sempre nas meias-finais das provas em que Portugal chegou à final, mas nunca o logrou, depois, no jogo decisivo. Há seis anos, numa final four disputada em Portugal, Cristiano Ronaldo emergiu como o grande artífice da qualificação para a decisão da primeira edição da Liga das Nações, ao assinar, no Estádio do Dragão, o "hat-trick" com que a Seleção Nacional derrotou a Suíça (3-1). Contudo, na final, foi Gonçalo Guedes que garantiu o triunfo sobre os Países Baixos (1-0).
CR7 atingiu a primeira final no Euro'2004, realizado em solo luso, mas de má memória para o povo português, face à derrota com a Grécia (0-1), então já com o jovem madeirense como titular da equipa comandada por Luiz Felipe Scolari. Depois de ter iniciado o torneio continental como suplente nos dois primeiros jogos - inclusive marcando na estreia, igualmente num desaire com os helénicos (1-2) – o jogador mais internacional de sempre contribuiu com um golo para a vitória sobre os Países Baixos (2-1), nas meias-finais, ficando em branco na decisão.
Doze anos se passaram até Portugal voltar a nova final, igualmente num Campeonato da Europa, mas em França, em 2016, este já bem preservado no baú das melhores recordações, uma vez que terminou com a conquista do troféu. Nessa edição, o atual jogador dos sauditas do Al Nassr assinou três golos, dois dos quais com a Hungria (3-3), na fase de grupos, e o outro nas meias-finais, perante o País de Gales (2-0), em Lyon, onde Nani faturou o outro tento. O golo de Éder, quatro dias depois, no Stade de France, assegurou a maior conquista da história da Seleção (1-0), ante os anfitriões, num encontro em que o capitão português não só não marcou como ainda se lesionou na primeira parte, sendo retirado de maca, aos 25 minutos, devido a uma entrada de Dimitri Payet.
No domingo, no frente-a-frente com a Espanha, tudo indica que CR7 irá cumprir a sua quarta final por Portugal, sendo que, em termos globais, a última decisão em que participou foi com a Juventus, em 2021, na Taça de Itália vencida pelos "bianconeri" perante a Atalanta. Curiosamente - e à semelhança do que tem sucedido na Seleção -, também nessa edição da competição ficou em branco na final, mas já tinha sido determinante nas meias-finais, ao apontar os dois golos da "vecchia signora" na primeira mão com o Inter (2-1), antes do nulo (0-0) registado no segundo encontro.
Pelo Al Nassr, chegou a disputar, em 2023, a final da Taça dos Campeões Árabes, em que até marcou os dois golos da vitória sobre o Al Hilal (2-1), então orientado por Jorge Jesus, mas esta é uma prova que não é oficial, uma vez que a FIFA não reconhece o organizador, no caso a União das Associações Árabes de Futebol (UAFA).