Internacional português viajou para uns dias de descanso antes da gala Globe Soccer Awards e estalou a bronca devido à pandemia de covid-19
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A pausa competitiva motivada pela quadra natalícia foi aproveitada por vários jogadores para rumarem a outros países e sendo Cristiano Ronaldo a personalidade global que é, a sua saída de Itália para o Dubai está já a causar polémica, com o "La Gazzetta dello Sport" a dar voz às manifestações negativas geradas.
Na base do descontentamento está o facto de as autoridades governamentais de Itália, à semelhança de muitos outros países, terem imposto uma série de limitações à liberdade de circulação como forma de prevenir a propagação do novo coronavírus. As autoridades sanitárias impuseram a obrigatoriedade de isolamento para quem se ausentar do país entre 21 de dezembro e 6 de janeiro, mas essa medida não se aplica aos jogadores de futebol. Estes, após as "miniférias", estão autorizados a regressar aos seus clubes e a terem contacto com os companheiros de equipa sem efetuarem a quarentena, isto porque efetuam testes de despistagem com regularidade. É este o ponto que está a gerar indignação.
As autoridades sanitárias impuseram a obrigatoriedade de isolamento para quem se ausentar do país entre 21 de dezembro e 6 de janeiro, mas essa medida não se aplica aos jogadores de futebol
Um das vozes dissonantes foi Paolo Ziliani, ex-defesa do Nápoles, que criticou no diário "Il Fatto Quotidiano" a viagem de Cristiano Ronaldo, e de outros jogadores da Juventus, para o Dubai "quando os italianos estão impedidos de sair do país e os que regressam têm de cumprir um período de quarentena."
Além de um curto período de descanso - a Juve volta aos treinos na segunda-feira - a viagem de Cristiano Ronaldo também é motivada pela Gala dos Globbe Soccer Awards, que se realiza no domingo. O internacional português concorre ao prémio de Jogador do Ano, que já venceu seis vezes, juntamente com Messi e Lewandowski, vencedor do The Best da FIFA.