Gestores da idealizada competição, à revelia da UEFA, estão a trabalhar, em conjunto com uma empresa de marketing londrina, na (re)adaptação da mesma
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Afinal, a Superliga europeia não estará totalmente moribunda. Segundo a publicação alemã Der Spiegel, conforme noticia esta quinta-feira, o projeto elitista e concorrencial da Liga dos Campeões está a preparar o seu relançamento, após ter recuado em abril.
O órgão alemão refere que os responsáveis da Superliga têm colaborado com uma empresa de marketing (Flint) na criação de um documento - "Pavimentar o caminho para a Superliga: estratégias para reconstruir, reiniciar e vencer" - para definir as traves-mestras do ressurgimento da prova criada por 12 clubes.
Intentos e estratégias à parte, por enquanto a criação da Superliga europeia está a ser alvo de uma disputa judicial no Tribunal de Justiça do Luxemburgo, dado que a UEFA considera que o modelo da competição - financiada pelo banco JP Morgan - é abusivo e monopolizador.
O organismo liderado por Aleksander Ceferin instaurou processos sancionatórios contra o Real Madrid, Barcelona e Juventus, por ainda estarem na cúpula da criação da Superliga europeia, mas o Tribunal de Comércio de Madrid impediu os efeitos.
A Superliga, cuja legalidade será avaliada pela Justiça luxemburguesa, acredita que vencerá o combate judicial em curso, apesar de nove de 12 equipas fundadoras terem desistido por pressão institucional e popular: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Man. United, Man. City, Tottenham, Milan, Inter e Atlético.
Estes emblemas foram, depois, readmitidos na Associação de Clubes Europeus (ECA), mas não integram o conselho de administração, presidido por Nasser Al-Khelïfi (líder do PSG) após a saída forçada de Andrea Agnelli, presidente da Juventus, por ter escondido de Ceferin a intenção de levar a avante a Superliga.