CR7 demolidor após os 30: duplicou a produção de golos na Seleção a partir de 2015
Ronaldo é especial até na faixa etária: se a maioria abranda depois da 30 primaveras, ele melhorou os seu registos. Nascido em 1985, apresentou na Seleção uma média inferior a um golo a cada dois jogos até 2015. Depois disso duplicou a marca, passando a faturar a uma cadência de 0,93 tentos por cada partida disputada.
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Foi já depois dos 30 anos que a melhor versão de Cristiano Ronaldo se mostrou na Seleção Nacional. Ou, pelo menos, a mais produtiva. Isto porque, nos anos mais recentes, passou a ter uma relação bem mais íntima com os golos do aquela que tinha ao início.
Não estamos a especular, são mesmo os números a comprová-lo: se até aos 30 anos, Ronaldo marcou 52 golos por Portugal, depois dos 30 melhorou o registo, aumentando a conta para 65 com o bis no 4-0 frente à Suíça.
Foi a 20 de agosto de 2003, com 18 anos, que o CR7 se estreou em Chaves diante do Cazaquistão (1-0). Ficou em branco, o que também aconteceu nas seis internacionalizações seguintes. A estreia a marcar foi com a Grécia, no Euro"2004, iniciando então a primeira fase fulgurante na equipa, chegando aos 21 tentos até ao final do Euro"2008.
A média começou depois a descer e Cristiano só viveu nova fase goleadora com a entrada na nova década, apontando 10 golos entre 2010 e 2011. Até aos 30 anos, ou seja, até 5 de fevereiro de 2015, apontou mais 20, elevando o total para 52, em 118 jogos, em média aproximada de um golo a cada dois jogos.
Ronaldo marcava em média 10 golos em cada 23 jogos na Seleção, duplicando praticamente o score depois disso, com dez tentos a cada 11 encontros. No total, desde que ultrapassou os 30 anos, foram 65 golos em apenas 70 jogos. A comparação com o vinho do Porto já está um pouco gasta, mas pode afirmar-se sem hesitações que o instinto matador de Ronaldo melhorou com a idade e que a cadência goleadora praticamente duplicou. E até neste aspeto é um fenómeno, tendo em conta que a maioria dos futebolistas diminui a eficácia quando ganha no cartão de cidadão o estatuto de "trintão".
Nos jogos oficiais é ainda mais "número um"
Este bis de domingo com a Suíça acentuou ainda uma qualidade de Ronaldo, quando comparado com os melhores goleadores em atividade no futebol mundial, como Messi, por exemplo, ou até Neymar: o facto de o português ter uma proporção de golos muito maior em jogos a contar para provas oficiais, como Mundiais, Europeus ou as respetivas fases de apuramento.
São 97 golos do português em partidas oficiais da Seleção, cifra que é mais do dobro da conseguida pelo velho rival Lionel Messi, que não passou dos 47 até agora, pouco mais de metade (55 por cento) dos 86 totais. Mas Neymar tem números ainda piores, como se pode ler na recolha apresentada acima: o brasileiro tem apenas 29 golos em partidas oficiais, ou seja, menos de um terço do que aqueles que foram apontados por Cristiano Ronaldo até hoje.
Faturou 101 vezes sem penáltis
Além de ser o melhor artilheiro de sempre de seleções, Cristiano Ronaldo tornou-se também o primeiro de sempre a superar a barreira dos cem golos marcados sem contabilizar grandes penalidades. O bis diante da Suíça permitiu-lhe chegar mesmo aos 101, uma vez que pela equipa das Quinas já faturou 16 vezes da marca dos 11 metros. Ao longo da sua carreira, o capitão da Seleção Nacional já desperdiçou sete penáltis com a camisola de Portugal vestida, num total de 29 castigos máximos perdidos, incluindo os que bateu por clubes.