Luís Nascimento, treinador adjunto do Wolverhampton, e irmão de Bruno Lage, falou da adaptação à aventura em Inglaterra.
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Bruno Lage tem como adjunto Luís Nascimento, o irmão, com quem está a trabalhar pela primeira vez. Em entrevista ao canal oficial do Wolverhampton, Luís Nascimento falou da relação com o ex-treinador do Benfica e da vida em Inglaterra, admitindo que ainda não conhece muito bem a cidade, porque o tempo é sempre passado dentro do centro de estágios.
"Nós praticamente não saímos do centro de estágio. Trabalhamos desde muito cedo até muito tarde. Depois temos é que descansar. Ao centro da cidade, acho que nunca fui, nós moramos todos aqui na periferia, mais perto do Compton. Pontualmente, vamos a um ou outro restaurante. Mas, é ir e voltar. E isso foi mais no início. A verdade é que, até por causa da pandemia, nós não podemos expor-nos a este tipo de situação. Temos que preservar aquilo que é a bolha do clube e os nossos objetivos", revelou, explicando que o mais difícil na adaptação tem sido o clima.
"Tem sido o mais difícil. Neste momento estamos naquela fase em que já nevou. A única coisa que temos a certeza é que, quando perguntamos aos jogadores se isto vai melhorar, eles dizem-nos que não", atirou.
Luís Nascimento diz, em sentido contrário, que a comida o agrada... "Costumamos dizer a brincar, mas estamos a falar a sério quando afirmamos que um dos melhores departamentos que o clube tem é efetivamente a cozinha. O clube faz ali um grande investimento, com produtos e refeições de grande qualidade. Até aí se vê a sensibilidade das pessoas. Para ter uma noção, hoje comemos ao almoço uma sopa da pedra. Eles têm essa preocupação. Fazem muitas vezes pratos de bacalhau, para irem também ao encontro não só da equipa técnica, mas também de alguns jogadores portugueses. Há sempre uma grande variedade de pratos. Ao almoço temos ali sempre alguns cozinheiros a fazer pastas na hora... Isso aí nós não nos podemos queixar", detalhou.
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A relação com Bruno Lage tem de ser bem separada, mas isso nem sempre é fácil de conseguir. "Em termos profissionais não há diferença nenhuma naquilo que é trabalhar com o Bruno ou com outro treinador. Agora, obviamente, do ponto de vista emocional, por muito que eu queira ser o mais isento possível, não é fácil desligar também esse lado. Eu até sou uma pessoa que consegue separar bem as coisas. Mas, às vezes, no calor do jogo, não é fácil. Uma das coisas que decidimos, e até fui eu que falei nisso, é que o Bruno é meu irmão da porta para fora. Aqui dentro é meu chefe, é o treinador da equipa e tudo aquilo que ele precisar da minha parte", admitiu Luís Nascimento.
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