Costa do Marfim vence Nigéria na final da CAN e continua má sorte de Peseiro
A Costa do Marfim venceu a Nigéria, por 2-1
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Depois de ter protagonizado uma grande campanha no CAN 2023, José Peseiro viu os planos de conduzir a Nigéria à sua quarta conquista na competição traídos por uma reviravolta (2-1) da Costa Marfim, que empurrada pelo seu público em Abidjan e com um domínio esmagador, alcançou a vitória e o seu terceiro cetro no continente africano.
Kessie, do Ah Ahly, e Haller, do Dortmund, definiram o vencedor, com golos na segunda parte, perante umas Super Águias que atuaram mais na expetativa, a procurarem gerir vantagem conferida por um golo do central Troos Ekong.
O portista Zaidu atuou de início pela Nigéria, acabando rendido nos minutos finais, quando José Peseiro procurava solucionar o prejuízo e mais uma derrota penosa para a sua carreira de treinador.
Ousmane Diomande, defesa central do Sporting, não fez parte das opções do lado costa-marfinense.
Galvanizada pelo seu público, a equipa da casa tomou conta das incidências da partida, perante uma seleção da Nigéria mais resguardada defensivamente e, aos 34 minutos, esteve muito próxima do golo, quando Simon Adingra, a passe de Kessié, permitiu uma grande intervenção ao guardião nigeriano.
Porém, contra a corrente do encontro, seriam os nigerianos a inaugurar o marcador, quatro minutos depois, pelo central Troost-Ekong, que ganhou um cabeceamento no coração da área, após um desvio anterior que amorteceu a bola, na sequência de um pontapé de canto, e bateu Fofana para fazer o 1-0.
O segundo tempo trouxe uma mudança de paradigma, com a Nigéria gradualmente a perder o rigor defensivo que conseguiu demonstrar na primeira metade, permitindo mais aproximações da Costa do Marfim.
O golo do empate surgiu por Kessié, também através de um canto, no qual o médio dos sauditas do Al-Ahli apareceu completamente livre de marcação ao segundo poste, quando se jogavam 62 minutos.
As 'águias' pareciam quebrar fisicamente, fruto de uma campanha exigente que ia para os seus minutos finais, e Sebástian Haller decidiu para os anfitriões, a nove minutos do fim do período regulamentar, com o avançado do Dortmund a finalizar clinicamente o cruzamento de Adingra e a consumar a reviravolta.
Após um início conturbado de competição - duas derrotas na fase de grupos, uma delas contra a própria Nigéria (1-0) -, que resultou numa mudança de treinador para as eliminatórias, os 'elefantes' venceram em casa o seu terceiro troféu continental.