Corrupção na federação espanhola: Rubiales e Piqué investigados, FIFA atenta
Realizaram-se esta quarta-feira buscas na federação espanhola. Há cinco detidos. Luis Rubiales não foi detido por estar na República Dominicana e negócio intermediado por Piqué está a ser investigado (organização da Supertaça na Arábia Saudita). No total são cinco os investigados
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A federação espanhola de futebol (RFEF) foi esta quarta-feira alvo de buscas policiais (da Guardia Civil e da Europol) por suspeita de branqueamento de capitais e corrupção, um caso que está a abalar o futebol espanhol e que pode salpicar, até, a organização do Mundial'2030 entre Espanha, Portugal e Marrocos. Há cinco detidos e cinco investigados, entre eles Luis Rubiales, sendo que um negócio intermediado pela empresa de Gerard Piqué está também na mira da justiça.
Depois da Ucrânia sair da candidatura conjunta por problemas de corrupção no seio da federação, surge agora esta situação que já levou Gianni Infantino, presidente da FIFA, a ameaçar a Espanha.
A Marca refere que na FIFA ecoa que "por menos" já foram afastadas várias federações, recordando que será na assembleia do organismo que será ratificada a candidatura ao Mundial'2030. Mesmo sem concorrência à organização do evento, Espanha deverá explicar muito bem o que se passa na federação.
Houve buscas também noutras cidades, analisando-se contratos para jogos da seleção nessas localidades, e na casa do ex-presidente da RFEF, Luis Rubiales, em Granada. Este, refira-se, não terá sido detido simplesmente porque se encontra na República Dominicana.
Além de Rubiales, também Gerard Piqué e a sua empresa, Kosmos Global Holding, estão a ser investigados no caso, por alegadamente elaborarem um plano para lucrar com a realização da Supertaça espanhola na Arábia Saudita, um contrato intermediado pela empresa do ex-jogador do Barcelona. O mencionado contrato, que expira em 2029, significou um encaixe anual de 40 milhões de euros para a RFEF e de 24 milhões de euros para a Kosmos.
Tomás González Cueto, assessor jurídico externo da RFEF, que era da confiança de Rubiales, é um dos detidos, assim como Ramón Caravaca, Pedro González Segura, Ángel González Segura e José Javier Jiménez "Jota".
Luis Rubiales já reagiu: "Estou absolutamente espantado com tudo isto. Há meses que estou a trabalhar na República Dominicana. A minha família ia vir comigo na Páscoa".