Contagem final para a Liga das Nações: o que une e separa os selecionadores
O selecionador nacional só caiu duas vezes, na Taça das Confederações e na Taça da Grécia, nesta fase da prova. Já o homólogo suíço passou sempre à final na Taça da Suíça (em duas ocasiões) e na de Itália
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Portugal e Suíça vão abrir as hostilidades da final-four da Liga das Nações num duelo que vai colocar frente a frente dois treinadores especialistas em superar meias-finais. Do lado helvético, Vladimir Petkovic apresenta-se a "combate" com um impressionante registo de 100% de aproveitamento nas três vezes em que chegou a uma fase tão adiantada nas provas que disputou. Com as Quinas ao peito, Fernando Santos vai tentar quebrar a invencibilidade do treinador sérvio apoiado nos 71,4% de sucesso nas sete meias-finais que disputou ao longo de uma longa carreira.
A história do selecionador nacional nestas andanças começou a escrever-se na época 1999/00. Na altura, ao comando do FC Porto, o Engenheiro venceu o Rio Ave (3-0) nas "meias" da Taça de Portugal e avançou para uma final onde acabou por bater o Sporting, após recurso a finalíssima. No ano seguinte, os dragões voltaram a erguer o troféu sob a sua orientação depois de terem ganho o acesso à final à custa dos leões. Ao serviço do AEK, Fernando Santos perdeu uma meia-final da Taça da Grécia (contra o Olympiacos, em 2004/05) e venceu outra (frente ao Asteras, em 2005/06) antes de viver o grande momento da carreira. Este ocorreu em 2016 quando, após deixar o País de Gales pelo caminho, guiou a seleção à conquista do Europeu"2016. No ano seguinte, o Engenheiro viveu novo amargo de boca: foi eliminado nos penáltis pelo Chile nas "meias" da Taça das Confederações.
Os quatro troféus em provas a eliminar conquistados pelo selecionador nacional (excluindo Supertaças) ofuscam o currículo de Vladimir Petkovic, que se "limita" à uma Taça de Itália ao comando da Lázio, em 2012/13, após ter deixado a Juventus para trás nas "meias". A paixão do atual selecionador da Suíça por esta fase começou em 2007/08, quando espantou o país ao conduzir o Bellinzona, da segunda divisão, à final da Taça da Suíça, após bater o Neuchâtel no jogo anterior à decisão. O sucesso de Petkovic numa equipa modesta acabaria por convencer o Young Boys a contratá-lo e o técnico retribuiu a confiança ao apurar a turma de Berna para a final da Taça, batendo o Basileia, nos penáltis, nas "meias". No entanto, nestas duas ocasiões, Vladimir Petkovic acabou por ver as suas equipas derrotadas nas respetivas finais.
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