Comissão de Gestão do Barcelona recusa pressões para agendar eleições e garante independência

O presidente da Comissão de Gestão do Barcelona, Carles Tusquets, garantiu, esta quinta-feira, que vai marcar eleições para eleger o próximo presidente do emblema blaugrana e recusou ceder a pressões para fixar uma data para a realização do ato eleitoral, que já tem pré-candidatos, garantindo que a intervenção do órgão será incólume.

"A nossa função principal é a de convocar eleições e é isso que vamos fazer. Queremos convocar eleições o mais cedo possível, e sublinho o possível, porque o que não faremos é aceitar pressões em momentos inadequados", começou por referir na primeira intervenção enquanto temporário líder catalão.

Em conferência de Imprensa no Camp Nou, Carles Tusquets salvaguardou que "nenhum" dos elementos que integram a Comissão de Gestão do clube "tem aspirações de entrar num [futuro] Conselho de Administração", expressando o desejo de que a" próxima Junta Direta tenha o máximo apoio possível e isso passa por haver uma grande participação" nas próximas eleições.

Embora Carles Tusquets não tenha dado qualquer previsão sobre quando decorrerá o próximo ato eleitoral do Barcelona, para eleger o sucessor de Josep Maria Bartomeu, a comissão de Gestão terá de convocar um sufrágio no prazo máximo de três meses.

O presidente da Comissão de Gestão do Barcelona, nomeado pelo provedor de Justiça catalão, Joan Trayter, indicou também que os nomes que fazem parte deste órgão "são escolhidos pelo Provedor de Justiça catalão e por mim próprio", e considerou "apropriado ter apenas membros da comissão económica e de disciplina", além de ter "solicitado um elemento da comissão de transparência".

Carles Tusquets revelou que a administração demissionária, que fora liderada por Bartomeu desde 2014, colocou-se à disposição da Comissão "para melhor compreender as coisas que se estavam a passar no clube", pois a débil situação financeira "é o que mais preocupa a curto prazo" o presidente, mas recusou ajuda por "querermos ser o mais independentes possível".

O presidente da Comissão de Gestão do Barcelona declarou-se, por fim, "muito interessado na transparência perante todos os membros" para ser "um exemplo de democracia". "Queremos trabalhar com tranquilidade durante estes meses", solicitou Tusquets.

Esta é a nona vez que os destinos do Barcelona serão conduzidos por uma Comissão de Gestão.