Proposta prevê um controlo financeiro que fará com que os clubes só possam gastar em salários até cinco vezes o encaixe com direitos televisivos e prémio de classificação do último classificado
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A Premier League prepara-se para levar a votos, alegadamente em novembro, uma proposta de limite salarial que já está a gerar controvérsia e vozes discordantes, nomeadamente dos rivais de Manchester, assim como de outros grandes do futebol inglês e até das associações de jogadores.
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Segundo a nova proposta, os clubes só poderiam gastar em salários até cinco vezes o encaixe com direitos televisivos e prémio de classificação do último classificado. De acordo com os últimos números oficiais, relativos a 2023/24, essa verba seria de 630 milhões de euros (550 milhões de libras).
Para que a proposta seja aprovada, precisa de votos a favor de 14 dos 20 clubes da Premier League. Na última votação do género, para afastar o VAR, apenas o Bolton, que fez a proposta, votou a favor.
Supostamente, os clubes do meio e do fim da tabela estão a favor, pois consideram que se podem aproximar dos do topo da competição. Contudo, os do topo, consideram que a proposta lhes retirará competitividade sobretudo nas provas europeias.
O sistema coexistiria com as regras financeiras da UEFA, que obrigam os clubes a gastar apenas em salários e transferências 70% das receitas. Este plano da Premier seria para um valor próximo dos 85%.
A Premier League, recorde-se, segue a regra financeira PSR (Profit and Sustainability Rules), que impede os clubes de registarem perdas de mais de 105 milhões de libras em três anos seguidos.
Há dias, refira-se, o Bayer Leverkusen sugeriu a implementação de um limite salarial no futebol, neste caso por considerar precisamente que as restantes ligas europeias estão a perder competitividade para a inglesa.