Publicitação de jogos de sorte/azar será, até ao final de 2022, maioritariamente proibida na televisão, rádio, Internet, meios de Imprensa e painéis publicitários
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O patamar primodivisionário do futebol da Bélgica uniu esforços contra um decreto governamental que prevê o fim da publicidade variada de apostas desportivas por retirar um considerável fluxo de receitas aos clubes da I Liga do país.
"Esta decisão irá cortar mais de 12% das receitas de patrocínio numa altura em que os nossos clubes estão a perder mais de 100 milhões de euros", afirmou Lorin Parys, diretor-geral da Pro League, acerca de uma ação política "vinda sem consulta".
O responsável do órgão que trata da organização da competição pretende, face às preocupações sentidas, uma conversação "urgente" com o governo belga e denota, além da quebra de receitas, outro efeito nefasto no decreto. "Esta proposta ameaça levar mais pessoas a sítios de jogo ilegais sem regulamentação", disse Parys.
Até ao final de 2022, a publicidade de jogos de sorte/azar na Bélgica será maioritariamente proibida na televisão, rádio, Internet, meios de Imprensa, painéis publicitários. O fim destes anúncios terá de ser efetivo em finais de 2024.
Até lá, as empresas afetas ao setor apenas são autorizadas a publicitar através do uso da marca ou logótipo em camisolas de clubes ou no interior de estádios. O decreto governamental abarcou ainda a Pro League: há alguns meses, o organismo comprometeu-se a limitar a publicidade de apostas de forma a reduzir o nível de dependência, presente, segundo dados oficiais, em 0,9 por cento da população belga.