Treinador garante que não perde tempo a defender que o futebol de garra praticado pelo Atlético de Madrid é o melhor ou o mais recomendável
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Em Espanha, há quem se apaixone pelo "cholismo" (o futebol raçudo) e quem venere o "guardiolismo" (o futebol de ataque e estético). Os dois estilos de jogo têm motivado apaixonantes debates, de tal forma que até Diego Simeone, tido como o pai do "cholismo", foi confrontado com o tema durante a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Bayern, referente à segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões. O técnico do Atlético de Madrid respondeu à "cholista". "Não perco tempo a pensar nisso. Só me importa ganhar. É para isso que trabalho, não é para agradar a ninguém. Trabalho para o meu clube, para quem me paga", atirou, de forma pragmática, citado pela Marca.
A postura corajosa de Simeone esconde, porém, um profissional que também tem dúvidas e receios. "Tenho medo em todos os jogos. Acho que me podem sempre lixar amanhã", comentou, garantindo que "pouco mudou" no Atlético durante os últimos quatro anos. "Simplesmente foi chegando gente nova, como Carrasco, Correa, Vietto ou Saúl... A competitividade interna ajuda, tal como ajuda termos jogadores que sabem o que é representar um clube como o Atlético", referiu.
Entre os críticos do Atlético, o ideal tipo do tal Cholismo, Xavi não foi nada meigo nas críticas, mas não conseguiu enfurecer Simeone. "Respeito todas as opiniões. No futebol, todos temos razão; eu simplesmente entendo que devo potenciar as características dos meus jogadores", atalhou.