Tom Harald Hagen, árbitro internacional norueguês que já dirigiu jogos de FC Porto, Sporting e da Seleção, abre o livro.
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Tom Harald Hagen, árbitro norueguês de 44 anos que manteve as insígnias FIFA entre 2009 e 2015, cruzando-se, inclusive, com a Seleção Nacional e com equipas portuguesas nas provas europeias (apitou o Israel-Portugal em 2013, o Zenit-FC Porto no mesmo ano e o Manchester City-Sporting em 2012), assumiu publicamente a sua homossexualidade.
"Chegou o momento de dizer que sou gay. Para mim, foi sempre uma coisa natural e não pensei muito no assunto", frisou em entrevista ao jornal "Glamdalen".
Ainda no ativo, o árbitro decidiu partilhar a história para ajudar a quebrar o tabu que ainda vigora no futebol, onde a homossexualidade é assunto escondido, embora sublinhando que sempre encarou a sua orientação com naturalidade. Por ironia, apitou no último fim de semana o jogo entre o Valerenga e o Kristiansund, marcado por um incidente homofóbico a envolver palavras dirigidas por Flamur Kastrati, avançado do Kristiansund, ao técnico do Valerenga, Dag-Eilev Fagermo.
O clube do jogador prometeu castigo severo, apesar dos apelos do técnico visado para que o episódio ficasse sanado. Hagen já comentou. "Foi uma ironia ter dirigido esse jogo. São momentos que acontecem no futebol, mas é tempo de acabar com eles", resumiu o árbitro, que tem recebido inúmeras mensagens de apoio na sequência da entrevista.
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