Champions: retaliação à Superliga poderá condenar convites por coeficiente histórico

Segundo o jornal inglês The Guardian, a UEFA estará a ponderar uma alteração no novo modelo de Liga dos Campeões, conforme apresentado no início da semana, o que pode ser visto como uma retaliação aos emblemas mais poderosos, especificamente os 12 que tentaram promover uma competição elitista, que apelidaram de Superliga.

Estará em curso, nos comités do organismo, uma proposta de alteração dos critérios de atribuição de dois convites ("green cards") por desempenho histórico nas competições europeias. O que, obviamente, serviria para chamar à competição equipas de maior dimensão que não se tivessem qualificado pela via desportiva nos campeonatos de cada país.

Esta reconsideração surge na sequência dos planos falhados dos 12 emblemas rebeldes, liderados por Florentino Perez (Real Madrid) e Andrea Agnelli (Juventus), o que motivou muitos outros clubes, que ficariam de fora da prova de elite, a questionar ainda mais a UEFA sobre uma medida que, precisamente, iria beneficiar os mais fortes e aqueles que, afinal, estariam capazes de abandonar o organismo.

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Assim, poderá estar condenado o critério que definia duas entradas para os clubes excluídos com melhor coeficiente histórico nas últimas cinco temporadas (desde que qualificados para Liga Europa ou Liga Conferência), que praticamente garantia mais duas equipas das cinco ligas de maior dimensão.

Refira-se a UEFA considera, na sua última comunicação, que não há planos para modificar o modelo apresentado para o triénio além de 2024. Porém, conforme o próprio comunicado, "outras decisões sobre o equilíbrio da lista de acesso, datas, formato, coeficientes e redistribuição financeira serão feitos até final do ano e potenciais ajustes ao modelo aprovado poderão ser efetuados, se necessário".