Caso Vinícius Jr: "Estão a acusar o meu cliente de crime de ódio por coçar as axilas"
Os três adeptos do Valência acusados de abusarem racialmente de Vinícius Júnior apresentaram-se em tribunal, com o advogado de um deles a garantir não existir um problema de racismo, dizendo que o seu cliente apenas "coçou as axilas" na direção do extremo brasileiro do Real Madrid.
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Depois de três adeptos do Valência terem sido acusados de racismo contra Vinícius Júnior, na visita do Real Madrid ao Mestalla, em 21 de maio, o julgamento do caso arrancou na segunda-feira, com o trio a prestar depoimentos em tribunal.
As reações a esta primeira fase de processo não demoraram a tardar, com o advogado de um dos adeptos acusados, Manuel Izquierdo, a defender que o seu cliente não adotou um comportamento racista contra o extremo brasileiro da equipa merengue, mas que apenas "coçou as axilas" à sua frente.
"Estão a acusar o meu cliente de um crime de ódio por coçar as axilas. Estou indignado com o Valência porque estragaram a vida de um rapaz de 18 anos. O meu cliente tem uma doença degenerativa e vai para o estádio desfrutar. A situação é muito grave, porque proibíram-no de entrar [no Mestalla] o resto da vida", afirmou, em declarações à Valencia Capital Radio.
Izquierdo garantiu mesmo que não existe qualquer problema de racismo contra o jogador, apesar das várias denúncias desse caráter que motivou por parte da Liga espanhola ao longo da presente época: "Vinícius tem um problema de educação e atitudes arrogantes, não é um problema de racismo".
No dia 27 de junho, espera-se a presença por videoconferência de Vinícius Jr. no tribunal, com vista à prestação de depoimentos na qualidade de vítima. De resto, a LaLiga, que faz parte de uma acusação privada, apresentou judicialmente vários vídeos da chegada do Real Madrid ao estádio do Valência, nos quais é possível ouvir cânticos racistas contra o extremo, de 22 anos.
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