Clube publicou um comunicado no site oficial na sequência das investigações feitas pela polícia autónoma da região da Catalunha a mando do 13.º tribunal de instrução de Barcelona
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Os responsáveis do Barcelona emitiram, este segunda-feira, um comunicado oficial a confirmar a existência de buscas às instalações do clube blaugrana no âmbito do caso 'Barçagate', que já motivou, entre outras, a detenção do ex-líder Josep Maria Bartomeu.
"O FC Barcelona ofereceu a colaboração plena com as autoridades judiciais e policiais, para ajudar a descobrir os factos pertinentes para a investigação. A informação e documentação requerida está relacionada apenas com este caso", indica a nota catalã.
O clube culé referiu, ainda no mesmo documento, que "respeita o processo em curso" pelas autoridades da região espanhola, assim como "a inocência presumida das pessoas afetadas" pela investigação policial.
Além do antigo presidente culé, foram igualmente detidos Óscar Grau, diretor-geral do Barcelona, Román Gómez Ponti, responsável pelos serviços jurídicos, e Jaume Masferrer, antigo membro do gabinete da presidência, conforme avança a Imprensa espanhola.
A investigação da polícia autónoma da Catalunha foi autorizada com a emissão de mandados de busca pela juíza Alejandra Gil, do 13.º tribunal de instrução de Barcelona, após denúncia feita por sócios do clube sobre eventuais crimes cometidos no 'Barçagate'.
Esse caso, despoletado em maio de 2020, causou polémica pois a direção do Barcelona, então presidida por Josep Bartomeu, fora acusada de alegadamente contratar uma empresa (I3 Ventures) para criar perfis falsos nas redes sociais e denegrir publicamente antigas e atuais figuras do clube, como Joan Laporta, Xavi Hernández ou até Messi.
Em julho de 2020, um relatório entregue pela auditora Price Coopers refutara as teorias apontadas a Bartomeu e companhia, de que havia contratado os serviços de monitorização da I3 Ventures por um milhão de euros, valor "seis vezes superior às práticas normais" para evitar a supervisão do órgão que controla o Barcelona.
O documento da empresa de auditoria frisara que "o clube não contratou nenhuma campanha difamatória" e garantira que "não foi detetada nenhuma conduta corrupta nem de benefício económico por estar dentro dos valores de mercado".