Casillas: "Tenho a certeza de que não serei treinador, tenho pavio curto"
Antigo guarda-redes do Real Madrid e do FC Porto também comentou o jogo que ditou a passagem do campeão espanhol à final da Liga dos Campeões, após vencer o Bayern no Bernabéu
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Iker Casillas, lendário guarda-redes que defendeu as balizas do Real Madrid e FC Porto, admitiu esta quinta-feira que não tem quaisquer planos de abraçar uma carreira de treinador no futuro.
“Tenho a certeza de que não serei treinador, porque lidar com 23 pessoas é muito difícil e eu não tenho vontade de o fazer, porque tenho pavio curto. Gosto de futebol, ainda que não o siga diariamente como antes, mas quando o Real Madrid tem um jogo grande como o de ontem, apetece-me ir”, comentou, em Madrid, à margem de um evento publicitário.
Antes, o antigo internacional espanhol já havia analisado algumas incidências da vitória do Real Madrid sobre o Bayern (4-2), no Santiago Bernabéu, que ditou a passagem do seu antigo clube à final da Liga dos Campeões, onde vai defrontar outro conjunto alemão, o Dortmund.
Um dos lances que não passou ao lado de Casillas foi o primeiro golo de Joselu, aos 88 minutos, aproveitando um erro de Manuel Neuer na defesa a uma bola aparentemente fácil. Um momento a que o antigo campeão mundial e europeu reagiu com palavras solidárias para o guardião alemão.
“Podes estar bem durante 89 minutos, mas se estiveres mal dois minutos, vais ser visado. Sempre vivi com a pressão constante de jogar na academia do Real Madrid e nas categorias inferiores da seleção. No final, isso é algo que se mete na tua cabeça”, apontou.
“O Real Madrid tem um ADN vencedor que faz com que não dê uma bola como perdida até ao final. O clube fala-te sempre em entrega, sacrifício e luta. A conexão que a equipa tem com a Liga dos Campeões é algo que se vive quando estás no campo”, disse ainda, num âmbito mais geral, sobre a partida.