Fangueiro e uma carreira em crescendo, sem se deixar esconder na pequenez do país. Troca de clubes garante a mesma ambição de 2022/23: espreitar um acesso à Champions; Carlos Fangueiro leva os créditos do título conquistado há dois anos para o novo campeão do Luxemburgo, numa mudança onde reconhece reunir condições financeiras muito interessantes.
Corpo do artigo
Carlos Fangueiro trocou de clube no Luxemburgo, aproveitando os créditos de campeão pelo Dudelange em 2021/22 para assumir o comando do novo campeão, o Swift Hesper, vendo o trabalho de alguns anos no país premiado com distinção, até porque voltará a ter oportunidade de disputar um acesso a uma Champions. Aos 46 anos, após uma década no Luxemburgo, onde deixou de jogar e abraçou imediata carreira no banco, o antigo extremo tem resultados muito assinaláveis.
"O patrocinador, o mesmo que me levou para o Dudelange, aprecia o meu trabalho e quis ter-me no Swift Hesper, um clube que acabou de conquistar o seu primeiro campeonato, muito pelo investimento feito", conta o matosinhense, exaltando as razões do seu contentamento. "Estou num projeto super ambicioso, escolhido por alguém muito inteligente, que aposta forte em jogar a fase de grupos de alguma prova europeia. Mudo com a certeza que vou ter uma estrutura 100 por cento profissional e que vai haver potencial financeiro para procurar atrair jogadores de Portugal, França ou Bélgica", argumenta Carlos Fangueiro.
"Estou à procura, especialmente na II Liga, e tenho contactado vários atletas que atuaram nas ligas portuguesas. A nossa equipa precisa de gente com muitos jogos nesse patamar", explica o técnico, procurando apressar uma ação no mercado que corresponda aos objetivos estabelecidos, que o convenceram em detrimento de apelos carregados de poder sentimental.
"Tive duas ofertas concretas de clubes profissionais de Portugal. Foi uma honra grande perceber esse acompanhamento do que faço mas pesou o facto de jogar novamente as competições europeias, havendo a disputa de um acesso à fase de grupos da Champions", revela.
"Fiquei feliz por esses convites, tive de balançar aspetos e ponderar bastante, mas acredito que aqui tenho projeção maior, além da oportunidade de crescimento maior. Não esqueço as experiências da época passada contra Malmoe e Lech Poznan, onde o Dudelange exibiu uma qualidade fantástica. O regresso a Portugal não se deu agora mas devo admitir que o foco está aí, em abraçar um projeto que me permita mostrar do que sou capaz", sustenta Fangueiro, abrindo o jogo sobre a importância da temporada.
"Não se quer menos do que revalidar o título, a Taça é também para vencer, além do objetivo europeu de lutar por uma fase de grupos, seja na Champions, Liga Europa ou Conference", ressalva um animado Carlos Fangueiro.
Slovan Bratislava será o primeiro alvo a abater
Fangueiro já conhece o primeiro adversário do sonho europeu do Swift Hesper, trata-se do Slovan Bratislava, da Eslováquia, com jogos marcados para 11 e 18 de julho. "Saiu o adversário mais forte que nos podia calhar mas sigo convicto que podemos passar esta eliminatória. Vamos procurar encontrar a melhor estratégia nestes próximos dias", frisou, consciente das missões mais que cumpridas no Titus Petange e Dudelange. "Ganhei um campeonato e assegurei quatro presenças seguidas nas provas da UEFA. Esta última época, no Dudelange, deixou de haver dinheiro, o plantel foi reduzido drasticamente no inverno para os salários serem pagos. Foi um desgaste enorme mas conseguimos o terceiro lugar e o acesso à Conference."