O treinador português deu uma longa entrevista ao jornal Marca, onde revelou um dos seus maiores sonhos da carreira e não colocou de parte a possibilidade de um dia poder treinar em Espanha
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Carlos Carvalhal revelou, em entrevista ao diário espanhol "Marca", que tem o grande sonho de conquistar a Premier League. "O meu sonho é ganhar a Premier League. Podem pensar que sou louco, mas tive o mesmo sonho quando era treinador na III Divisão e estava longe de Inglaterra", revelou o português, que não descarta, ainda assim, a hipótese de um dia poder treinar em Espanha.
Os problemas de saúde do pai levaram Carvalhal a afastar-se uns meses, mas agora o treinador, que acabou afastado do Swansea em maio de 2018, está aberto a novos desafios. "Um dia ainda vou treinar na liga espanhola, dada a proximidade linguística e cultural. Gosto de ver o Betis e o Barça, poderia construir uma equipa a jogar bom futebol", apontou o português, que reconhece a influência de Vítor Frade e José Mourinho no seu trabalho: "Sempre dei valor à parte física, mas sem esquecer a organização".
Em 2015, o Sheffield Wednesday deu-lhe a oportunidade de treinar em Inglaterra. "Foram dois anos fantásticos, com o melhor registo do clube nos últimos 50 anos", sublinhou Carvalhal, que quase conseguiu subir a equipa por duas vezes à Premier League. Melhor treinador do que alguma vez foi jogador, o português deu seguimento à carreira em Inglaterra no Swansea. "Vencemos o Arsenal e Liverpool e estivemos 11 jogos sem perder. Mas tínhamos um plantel com muitas limitações e mesmo não conseguindo permancer na Premier League demos um abanão no clube.
Carlos Carvalhal recuou ainda ao passado, lembrando o Leixões de 2002, comparando-o com o Leicester de Ranieri. "Fomos a única equipa da III Divisão numa final da Taça, disputámos a Supertaça, fomos à UEFA. Perdemos a final com o Sporting, mas foi uma época gloriosa", recordou. Carvalhal
O técnico recordou a sua passagem por Setúbal, onde conquistou a Taça da Liga, lamentando os "presentes envenenados", que foram o Besiktas onde esteve cinco meses sem receber e a passagem por Alvalade. "Após a demissão de Paulo Bento, o Sporting estava numa grande crise. Mas fiquei orgulhoso, pois ficaram confortáveis", contou.