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AFP
As seleções do Mali, Senegal, Nigéria e Tunísia estrearam-se esta terça-feira a vencer na 35.ª edição da Taça das Nações Africanas (CAN), que se realiza em Marrocos, numa jornada em que prevaleceu a lei do mais forte
Em Rabat, a Tunísia, vencedora da CAN em 2004, bateu o Uganda, por 3-1, em jogo do Grupo C, num resultado construído desde cedo, com o primeiro golo a surgir logo aos 10 minutos.
Ellyes Skhiri, atual médio do Eintracht Frankfurt e principal destaque das "águias de Cartago", abriu o marcador de cabeça, na sequência de um canto, antes de Elias Achouri "bisar", com golos aos 40 e 64 minutos. Denis Omedi reduziu para as "cegonhas", já nos descontos.
No outro jogo do grupo, em Fez, a favorita Nigéria venceu a Tanzânia, por 2-1, mas sentiu inesperadas dificuldades para ultrapassar uma seleção que nunca passou da fase de grupos.
As "super águias", uma das nações mais tituladas do continente africano (três vitórias na CAN) e uma das favoritas à conquista do troféu, contaram com o portista Zaidu num "onze" liderado pela estrela Victor Osimhen, jogador do Galatasaray, mas só ganharam vantagem aos 36 minutos, num cabeceamento de Semi Ajayi.
A Nigéria já tinha enviado uma bola ao "ferro", entre várias outras situações para marcar - com Osimhen como maior protagonista -, mas teve de lidar com a reação dos "Taifa Stars", materializada aos 50 minutos no empate, saído do pé direito de Charles M"Mombwa, médio que atua em Malta.
Na resposta, dois minutos depois, Ademola Lookman, jogador da Atalanta, devolveu a vantagem à Nigéria, com um "míssil" de fora da área.
O terceiro dia da competição abriu com o Grupo D e não deixou espaço para surpresas. Em Rabat, no El Barid, o Mali confirmou o favoritismo e venceu o Benim por 1-0, num encontro resolvido cedo pelo golo de Theo Bongonda, avançado de 30 anos ao serviço do Spartak de Moscovo.
Semifinalistas em 2023, os "leopardos", capitaneados pelo ex-portista Chancel Mbemba, marcaram aos 16 minutos e optaram depois por gerir, recuando no terreno e entregando a iniciativa a um adversário que mostrou mais vontade do que pontaria.
A margem mínima manteve os "esquilos" dentro do jogo e alimentou a esperança beninense, com o leixonense Dokou Dodo a cumprir os 90 minutos, mas o desfecho não se alterou.
A seguir, em Tânger, cruzaram-se os opostos e, no final, prevaleceu a lei do mais forte, num triunfo fácil do Senegal, campeão em 2023 e uma das seleções mais fortes da competição, por 3-0 diante do Botswana, provavelmente a equipa mais frágil em prova.
Sadio Mané, melhor marcador de sempre dos 'leões de Teranga', liderou uma verdadeira constelação de estrelas, num encontro em que, ainda assim, foi Nicolas Jackson quem mais brilhou.
O avançado do Bayern de Munique, cedido pelo Chelsea, marcou por duas vezes, aos 40 e 58 minutos, e ainda "espreitou" o terceiro, anotado no final, aos 90, pelo suplente Cherif Ndiaye, já com Mbaye, de 17 anos, também em campo.
O extremo do PSG surpreendeu o mundo do futebol ao escolher representar o país do seu pai, depois de ter cumprido toda a formação ao serviço das seleções jovens de França.

