O agente policial que recolheu o primeiro depoimento da mulher que acusa o futebolista de violação prestou declarações esta terça-feira, no tribunal de Barcelona
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Um dia depois do arranque do julgamento de Dani Alves, acusado de ter violado uma mulher numa casa de banho de uma discoteca de Barcelona, em finais de 2022, o agente de autoridade que recolheu o primeiro depoimento da alegada vítima prestou declarações em tribunal.
O polícia confirmou que as imagens de videovigilância do estabelecimento noturno coincidem totalmente com o relato da denunciante sobre o que se terá passado naquela noite, salientando ainda o frágil estado emocional em que a encontrou.
“Custou-lhe muito, estava a tremer e a chorar. Tivemos de acalmá-la durante bastante tempo, porque não era capaz de falar. Ela disse que esta pessoa não a deixou sair do sítio onde estava e que havia colocado os dedos dentro das suas partes genitais. Disse que não queria dinheiro, só justiça”, referiu.
“Ela explicou que ele chegou a penetrá-la com os dedos. Quando se recordava dos factos, começava a chorar. Inicialmente não queria denunciá-lo, acredita que era a culpada de tudo. Tivemos de acalmá-la e dizer-lhe que não tinha culpa de nada. O responsável do recinto disse que existiu assédio e introdução de dedos na vagina da vítima”, completou.
Também Joana Sanz, que ainda é oficialmente mulher de Dani Alves, apesar de ter anunciado a sua separação do jogador dois meses depois da sua detenção preventiva, em janeiro de 2023, falou ao tribunal nesta terça-feira, confirmando que o marido chegou a casa nessa noite num profundo estado embriagado.
“Perguntei-lhe no WhatsApp se vinha jantar [a casa] e ele disse que não. Depois não me lembro, a última mensagem que trocámos foi por volta das 23h00. Ele chegou a casa muito bêbado, cheirava a álcool. Chocou contra o armário e desmaiou na cama”, recordou.
Dani Alves, que arrisca uma pena de prisão entre nove e 12 anos caso seja condenado, vai depor em tribunal na quarta-feira.