Çalhanoglu foi alvo de um recado de Lautaro Martínez, capitão do Inter, na sequência da eliminação dos italianos no Mundial de Clubes
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Hakan Çalhanoglu, reagiu esta terça-feira depois de ter sido alvo de um recado de Lautaro Martínez, capitão do Inter, após a eliminação do clube italiano nos “oitavos” do Mundial de Clubes, diante do Fluminense (0-2).
Lautaro deu que falar devido a ter dito que "quem não quer ficar" nos "nerazzuri” deve ir embora, com o presidente do Inter a revelar de seguida que o avançado argentino se referiu a Çalhanoglu, que tem apenas mais um ano de contrato em Milão e falhou o duelo com os brasileiros por lesão.
Em reação, o médio turco emitiu um comunicado nas redes sociais em que explica a sua ausência do torneio e pediu mais respeito, dizendo ainda que nunca disse estar "infeliz" no finalista vencido da última Liga dos Campeões.
"Depois da lesão que sofri na final da Liga dos Campeões, decidimos na mesma que eu deveria viajar com a equipa para os Estados Unidos. Estar lá, apoiando os rapazes, mesmo sem poder jogar, significou muito para mim. Infelizmente, durante os treinos nos EUA, sofri outra lesão numa área completamente diferente. O diagnóstico: rasgo do músculo. Esta lesão tornou impossível que eu estivesse no campo durante este torneio. Não houve qualquer outra razão, nada mais por detrás. Ontem perdemos e doeu. Eu senti tristeza, não só como jogador, mas como alguém que se realmente preocupa. Apesar de estar lesionado, peguei no telemóvel logo após o jogo e liguei a alguns companheiros para lhes levantar o espírito. Porque é isso que fazes quando te preocupas com a tua equipa. O que me surpreendeu ainda mais foram as palavras que se seguiram. Palavras que me atingiram arduamente e que dividem, não unem", começou por lamentar.
"Na minha carreira, nunca procurei por desculpas. Assumi sempre responsabilidades e joguei mesmo atravessando dores. Liderei, especialmente nos momentos difíceis. Não com palavras, mas com ações. Eu respeito todas as opiniões, mesmo de um companheiro ou até do presidente de um clube. Mas o respeito não é uma estrada de sentido único", prosseguiu.
"Sempre demonstrei respeito dentro e fora de campo e acredito que no futebol, tal como na vida, a verdadeira força reside em demonstrar respeito, especialmente quando as emoções estão altas. Nunca traí este clube. Nunca disse que estava infeliz no Inter. Houve ofertas no passado, tentadoras, mas fiquei porque, no fundo, sabia o que esta camisola significa para mim e acredito que as minhas ações falam por si. Já tive a honra de usar a braçadeira de capitão pelo meu país e aprendi que liderança significa defenderes a tua equipa e não apontar dedos quando isso é o mais fácil. Adoro este desporto. Adoro este clube e adoro as cores pelas quais lutei todos os dias. O que futuro reserva, veremos. Mas a história lembra-se sempre daqueles que levantaram a cabeça, não daqueles que gritaram mais alto", concluiu.
Sinem Gundogdu, mulher de Çalhanoglu, também visou indiretamente o capitão e colega de equipa do marido com uma mensagem nas redes sociais.
“Algumas pessoas não te são leais. São leais à sua necessidade de te ter. Mal essa necessidade muda, também muda a lealdade delas. Não te arrependas de teres um bom coração. Todas as coisas boas regressam e multiplicam-se @hakancalhanoglu”, escreveu, numa “story” do seu Instagram.
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