Bruno Lage reencontra Mourinho: "O que está na cabeça é ajudar o Benfica"

Confiança da equipa? “A equipa tem mentalidade de continuar o trabalho que temos vindo a realizar até ao momento, talvez com a pré-época mais curta da história do Benfica. Mérito dos jogadores de praticamente não terem férias, com jogadores a chegarem e a entrarem imediatamente na competição, estou satisfeito com a prestação de toda a gente, mas temos muito para dar. O importante é dar continuidade ao trabalho”. 

Disse que a equipa não ficou contente por apanhar Fenerbahçe em vez do Feyenoord. Akurkoglu pode ser decisivo? “A segunda pergunta não respondo porque ainda não disse a equipa aos jogadores, mas ele tem sido muito importante para nós e eu considero o míster Mourinho o melhor treinador de Setúbal e de muitos arredores. É algo interessante para amanhã, sermos da mesma cidade e conhecê-lo ao longo dos anos. Aquilo que importa referir neste momento é que não é o jogo do Bruno contra o José Mourinho, mas do Benfica contra o Fenerbahçe e que, se calhar, poderíamos pensar num encontro numa fase mais adiantada do que neste momento, mas independentemente do respeito e da admiração que sinto por ele, amanhã é fazer o melhor da minha competência para ter o melhor resultado, levar a eliminatória para a Luz e avançar para a Champions”. 

Maior semelhança e diferença entre os dois? “Em brincadeira quase recordo há 20 anos. Enquanto ele vencia a Taça UEFA, eu subia de divisão com o mister José Rocha no Vendas Novas. Quando ele ganhou a Champions em 2004, eu ganhei o meu primeiro título com o Benfica. Como setubalenses vivemos grandes alegrias no futebol nacional, mas amanhã o que está na cabeça é ajudar o Benfica a vencer e a seguir em frente na prova”. 

Pode ser o primeiro treinador português a conseguir uma vitória na Turquia: “O mais importante amanhã é que vão defrontar-se dois treinadores com amizade e respeito. O que está na cabeça é que não é o Bruno que vai defrontar o José, é o Benfica que vai defrontar o Fenernbahçe”. 

Seria surpreendente se cada um conseguisse tirar um coelho da cartola ao outro? “Claro que sim, no jogo na Eusébio Cup foi notório que nenhum perspetivou no tempo que este encontro pudesse acontecer, com nuances táticas. Tentamos sempre antecipar, mas mais importante do que a estratégia do adversário é estarmos conscientes do nosso trabalho para amanhã”.