Declarações de Bruno Lage após o Mónaco-Benfica (0-1), jogo da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões
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Na antevisão falou na necessidade de ter “mentalidade assassina”. Equipa não ouviu ou não conseguiu tê-la? Hoje podia ter resolvido a eliminatória, até pela expulsão de Al Musrati. Sai frustrado por isso? Está preocupado com Di María? “Isto não é de ouvir, o que os jogadores mais querem... Nota-se que eles ouvem porque interpretam muito bem a estratégia. Nós criámos oportunidades e o guarda-redes deles fez defesas de enorme qualidade. Falta-nos fechar os jogos e já o conseguimos, noutros jogos o resultado fica com margem mínima, mas realçar a capacidade da equipa de entrar muito forte na segunda parte, criar oportunidades e ficamos com essa sensação, mas isto é Champions e é difícil vencer fora. Satisfeitos e foco no jogo seguinte, não é fácil fazer o que fizemos e há que dar continuidade. Nós tínhamos um plano e não é só a questão do Di María que me deixa preocupado, mas também o Tomás [Araújo], Bah, Manu... Fizemos ajustes no mercado porque o Manu podia jogar na posição do Tino [Florentino], também a 8, também a central... Também para o Tomás poder fazer essas duas posições, na frente também temos jogadores... Tínhamos esse plano e compensámos o ajuste em janeiro por causa do calendário apertado, mas quando esta equipa está fresca, tem uma postura de determinação, é isso que sinto. Isto não é desculpa, apenas fazer este comentário, temos é de ter a capacidade de responder. Temos um lote de jogadores que nos dá confiança e gente nova, quer na B ou na equipa de sub-23, que trabalha frequentemente comigo e temos de resolver esta situação internamente”.
Se Di María estava apto para ser titular, por que escolheu Akturkoglu e Schjelderup? Leandro Barreiro substituiu Florentino, é sinal que será assim na segunda mão, pela sua suspensão? “Nas alas sentimos que, para este jogo, seriam os dois que perceberiam melhor o que tínhamos de fazer. Ambos fizeram um bom jogo e Di María tem sido titular. tem sido substituído, já ficou no banco e sempre teve um grande comportamento. Hoje entendemos que seriam as melhores soluções para as alas, como fizeram com o Barcelona. Sobre Barreiro, sentimos que o jogo, com o Mónaco com duas linhas cerradas à frente da área e a provocar transições... era preciso cabeça fria e optámos pelo Tino, até porque tinha amarelo e isso era arriscado naquela zona”.
Arthur Cabral, Amdouni e Belotti acabam o jogo na frente. Era para pressionar outro golo? “Sim, sentimos que podíamos meter gente na frente e acabamos com três avançados, mas com posicionamentos diferentes. Zeki [Amdouni] tem uma grande oportunidade em que pode rematar e tentou servir o colega. Belotti também entrou bem, Arthur também e tentámos naqueles momentos empurrar a linha defensiva para haver espaço entrelinhas e criar situações de finalização, foi esse o objetivo”.