Bruno Fernandes: "Temos de voltar aos tempos em que todos tinham medo..."
Capitão do Manchester United quer que a equipa de Rúben Amorim volte a incutir medo nos adversários quando visitam Old Trafford
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Depois de ter marcado na vitória do Manchester United, de Rúben Amorim, sobre o Arsenal (2-1 após desempate por penáltis), na Taça de Inglaterra, Bruno Fernandes pediu consistência aos red devils na visita de quinta-feira (20h00) frente ao Southampton, último classificado da Premier League, em jogo da 21.ª jornada.
Em entrevista à Sky Sports, o capitão português do United, apesar do seu golo contra os gunners, preferiu transferir o protagonismo do jogo para o guarda-redes Altay Bayindir – defendeu dois penáltis - e para o avançado Joshua Zirkzee, autor da cobrança que assegurou a passagem da sua equipa à próxima fase da prova.
“Eu gosto que todos estejam felizes. Quero que todos sintam que fazem parte, que se sintam envolvidos. Quando estás num bom momento, prefiro dá-lo a outros jogadores, não porque não quero ter esse momento – todos os jogadores querem receber créditos, flores e momentos de alegria – mas porque é assim que vivo a vida. Mesmo sabendo que alguns jogam mais do que outros, é preciso puxar por eles em certos momentos para que se sintam tão importantes como eu sou”, começou por explicar.
“Podemos falar do que as pessoas gostam de dizer, como: ‘Os penáltis são fáceis’. É uma questão de como chegámos aos penáltis. Altay defendeu um penálti [aos 72’] de Odegaard, que nunca tinha falhado um na sua carreira. E depois Josh [Zirkzee], num momento de pressão, com tudo o que lhe vinha passando pela cabeça, dá um passo em frente e dá-nos a vitória”, enalteceu.
Ultrapassada essa festa na Taça, que se seguiu a um empate em Anfield, diante do líder Liverpool (2-2), que quebrou um ciclo de quatro derrotas seguidas, Bruno Fernandes pediu que o United - segue na 13.ª posição da liga inglesa - mantenha os mesmos níveis exibicionais contra o Southampton, apesar de ser um adversário de menor calibre.
“Não podemos olhar para os nomes nem para os símbolos. Não podemos olhar para a tabela nem ver quem está à frente ou atrás de nós. Precisamos apenas de olhar para nós mesmos e perceber que jogamos por um clube gigante e que temos de fixar uma fasquia para nós mesmos. E [perceber] que isto tem de ser o mínimo e onde queremos chegar, para retirarmos o melhor de todos”, apontou, querendo voltar a impor medo sempre que um adversário visita Old Trafford.
“Temos de recuperar aquilo que tivemos no passado, em que todas as equipas que vinham cá sentiam medo de que, a qualquer momento, o United pudesse marcar um golo ou magoá-los. Temos de recuperar isto em conjunto com os adeptos e com a paciência que temos de ter enquanto equipa para acreditarmos no processo. Precisamos que os adeptos tenham a mesma paciência e que acreditem nos jogadores, porque podemos ter resultados. Eles já o viram e temos de provar que podemos fazê-lo a cada três dias, é isso que faremos. Precisamos que nos apoiem para isso”, apelou, em jeito de conclusão.