Bruno Fernandes e a crise no United: "Na Seleção consigo usufruir do meu futebol"
Declarações de Bruno Fernandes em conferência de imprensa de antevisão ao Polónia-Portugal, jogo marcado para sábado (19h45) e relativo à terceira jornada da fase de grupos da Liga das Nações
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O que espera desta Polónia? “Obviamente que a Polónia tem grandes nomes, com grande qualidade, que jogam nas melhores Ligas do mundo. O poderio físico é a melhor arma deles, são muito fortes na bola parada, algo que tem vindo a ser trabalhado por nós, e tecnicamente também tem jogadores de grande qualidade, principalmente nas alas, meio e na frente. Mas pensamos em anular as forças deles e tirar partido das nossas”.
Admitiu estar a viver uma das fases mais negativas da carreira. Como pode a Seleção ajudar nisso? “Eu quando falei do mau momento foi em relação às duas expulsões na mesma semana, que achei injustas. A primeira foi retirada e a segunda, por ser amarelo, não foi, mas são coisas que fazem parte do futebol e não posso pensar nisso. Assumi as responsabilidades daquele momento, porque principalmente contra o Tottenham deixei os meus colegas com menos uma unidade a correr atrás do resultado. Mas em nada se resume o espaço da Seleção, que é onde me sinto cada vez mais bem e onde consigo usufruir do meu futebol pelas dinâmicas e pela qualidade que tenho ao meu lado. No clube é melhorar assim que lá chegar, os golos hão de chegar e também há que tomar responsabilidades nisso, porque tenho um nível alto de golos nos últimos anos e também tenho um ‘standard’ que quero manter, espero marcar assim que lá chegue para ajudar o clube a voltar às vitórias e ao melhor nível”.
O Bruno já é um dos mais experientes da Seleção. Como vê a juventude e lembra-se de quando apareceu pela primeira vez? “Obviamente que sim, acho que falei disso quando o João Neves cá veio, sobre aquela timidez e vergonha de falar com os mais velhos. Quando cheguei tinha cá o Cristiano, mas também o Nani, Rui Fonte, Neto, até o Coentrão, que me ajudaram a sentir-me bem, também com jogadores como o Rui [Patrício], William, João Moutinho, que já conhecia e que me ajudaram a sentir-me sempre bem, a ser o jogador que estava a ser no Sporting e também para crescer. O meu papel agora é fazer com que os outros que chegam se sintam da mesma maneira para fazerem os adeptos desfrutarem da qualidade deles, porque se chegaram cá é porque merecem. Oportunidades destas são únicas para representar a nossa Seleção e eles têm de aproveitar, elas não chegam todos os dias”.