Brasil assume Ancelotti: "Não vale a pena estar a esconder a preferência"
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em entrevista à Bein Sports, falou abertamente sobre o interesse no italiano, pela primeira vez
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Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, referiu-se pela primeira vez, de forma clara, à espera pelo desfecho da época do Real Madrid por causa do interesse em Carlo Ancelotti para ser o novo selecionador, aumentando o prazo dessa espera para junho por causa de uma eventual final da Liga dos Campeões.
"Gostaria de chegar ao final de maio a dizer que está certo esse treinador ou aquele, mas não é assim. Temos duas datas FIFA em junho, mas temos finais de competições como o campeonato espanhol, dia 10 de junho a final da Champions. Temos acompanhado, o radar está ligado para não fazer qualquer abordagem durante uma disputa de competição. Não que ele [Carlo Ancelotti] tenha qualquer tipo de proposta, mas acompanhamos e verificamos também se ele tinha algum tipo de vontade. Eu o tenho como plano A. Estou a falar pela primeira vez de uma forma bem aberta e não adianta ficar a esconder essa preferência", afirmou, em entrevista à Bein Sports.
"Todos perguntam sobre o Ancelotti, seja no aeroporto, seja no estádio... Perguntam: 'E aí, vem quando? Está aguardando?'. Tudo no futebol é como se fosse para ontem para o adepto, para a Imprensa, mas estamos a fazer tudo dentro do nosso tempo, nada de uma forma precipitada. Gosto de ouvir também as opiniões contrárias. Eu procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser pacientes e aguardar o tempo certo para ter uma conversa, uma reunião. E isso participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente. A partir do momento que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar preparados para o que pode ser um sim ou um não. A partir dali é que vamos ter um plano B", prosseguiu.
A finalizar, explicou por quê a escolha recaiu em Ancelotti: "Chegamos a ele pelas conquistas, por ser uma pessoa digna. A gente verifica que é uma pessoa correta. A gente acompanha o trabalho dele não só como treinador, mas também atleta da seleção italiana. Por tudo que os atletas que trabalham ou trabalharam com ele dizem dele, de ser uma pessoa totalmente aberta, culta, que valoriza e gosta muito do atleta brasileiro, do futebol brasileiro. É um treinador que está totalmente ambientado com os nossos atletas."
Sem selecionador desde o final do Mundial, após a saída de Tite, a CBF nomeou de forma provisória Ramon Menezes, selecionador dos sub-20, como interino.
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