Brasil-Argentina interrompido pela polícia e autoridades sanitárias brasileiras
Jogo de qualificação para o Mundial'20222 interrompido aos cinco minutos
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O Brasil-Argentina, da fase de qualificação para o Mundial'2022, foi interrompido aos cinco minutos, quando a Polícia Federal e autoridades sanitárias brasileiras entraram no relvado.
Em São Paulo, o encontro foi interrompido aos cinco minutos, quando os delegados de saúde brasileiros invadiram o relvado do Arena Neo Química, devido à presença de Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovanni Lo Celso e Cristian Romero, que foram colocados em quarentena e impedidos de entrar no país devido a questões sanitárias.
Toda a equipa da Argentina regressou ao balneário, enquanto a confederação responsável pela partida, a CONMEBOL, retirou a equipa de arbitragem do relvado.
Emiliano Martinez e Emiliano Buendia, que atuam no Aston Villa, e Giovanni Lo Celso e Cristian Romero, que são comandados por Nuno Espírito Santo no Tottenham, foram colocados em quarentena, tendo também sido aconselhados a "regressar ao país de origem".
De acordo com as autoridades brasileiras, os quatro jogadores prestaram falsas declarações, ao negarem aos oficiais de imigração que tivessem estado recentemente no Reino Unido, território que está colocado na lista vermelha do Brasil na luta contra a covid-19.
"A situação é um grave risco para a saúde e as autoridades sanitárias locais impuseram a quarentena imediata dos jogadores, que estão impedidos de realizar qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro", explicaram as autoridades locais.
Mesmo assim, os jogadores fizeram parte da comitiva argentina que seguiu para a Arena Neo Química.
O QUE ESTÁ EM CAUSA
A polémica fora do campo estalou antes do início do Brasil-Argentina. As autoridades brasileiras terão tentado deportar quatro jogadores por divulgação de informações falsas à entrada no país.
Em causa, os quatro atletas que atuam em Inglaterra: Emiliano Martínez, Giovani Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía, que, por virem precisamente desse país há menos de 14 dias, teriam de adotar um período de quarentena. No preenchimento dos formulários, os jogadores esconderam essa informação.
Mesmo que, entretanto, os referidos atletas tenham estado noutros países, nomeadamente na Venezuela, teve de ser a CONMEBOL a resolver o problema e a liberar os jogadores, perante o comunicado da Anvisa.
"A Anvisa considera a situação risco sanitário grave e, por isso, orientou às autoridades em saúde locais a determinarem a imediata quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro", explicaram.