Boss em catalão escreve-se Deco: novo diretor desportivo do Barcelona já trabalha
Internacional português ainda não foi apresentado, mas já trabalha na restruturação do plantel. Depois de Gundogan e de Iñigo Martínez, Vítor Roque está a ser finalizado pelo antigo jogador do FC Porto e dos culés. Fica a faltar um lateral e um substituto para Busquets.
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O futebol do Barcelona tem um novo "boss" e é um nome bem conhecido dos portugueses: Deco, ele mesmo, o internacional português que foi campeão europeu com o FC Porto em 2003/04 e que depois, já no Barcelona, voltou a levantar o troféu da Champions, em 2005/06.
Após a saída de Jordi Cruyff, o novo diretor desportivo culé foi uma escolha pessoal do presidente Joan Laporta (com quem tem relações privilegiadas) e apesar de ainda não ter sido apresentado, já começou, segundo o jornal "Sport", a trabalhar numa série de dossiês, nomeadamente com vista à prossecução de um objetivo prioritário: a restruturação de um plantel desequilibrado.
E há um óbice de monta a marcar o início dos trabalhos do agora ex-agente de jogadores (Raphinha, do plantel catalão, era um dos seus representados). É que, de acordo com as leis implementadas recentemente em Espanha, cada clube só vai poder investir em contratações um total de 40 por cento das receitas não extraordinárias que obtiver.
Uma condicionante significativa tendo em conta que já exigiram ao português a melhoria da qualidade do plantel, com o objetivo de, além de cimentar a supremacia interna (revalidando o título de campeão), ter na Champions uma representação condigna com os pergaminhos do clube.
Para já, Deco tenta resolver os casos relativos a jogadores emprestados, como Lenglet, Dest ou Umtiti, entre outros, mas também aqueles elementos que já foram apontados como possíveis saídas, casos de Kessiê, Eric García ou Ferrán Torres. Diz o "Sport" que, antes de pensar em contratações, o clube quer reforçar a aposta nos nomes da casa, filosofia que já teve o sim do treinador Xavi.
A favor de Deco joga a experiência pessoal no mercado de transferências, pelo que não terá dificuldades em mexer-se num meio onde tem trabalhado nos últimos anos. Um fator que também pesou na sua escolha, assim como a sua personalidade frontal, bem do agrado do presidente Joan Laporta.
Um lateral entre 10 a 15 milhões
O Barcelona já garantiu neste defeso as contratações de Ilkay Gundogan (médio) e de Iñigo Martínez (central), a serem apresentados em breve, estando Deco a preparar pelo menos mais três aquisições: uma delas é a de Vítor Roque, ponta de lança de 18 anos que é uma das maiores promessas jovens do Brasil e que estará já alinhavado. Depois, o novo líder do futebol dos catalães vai tentar um lateral-direito, não pretendendo gastar mais de 10/15 milhões de euros, e ainda um médio defensivo, para suprir a pesadíssima baixa do histórico Sergio Busquets.