A decisão, anunciada esta terça-feira pela Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG), pode ainda ser alvo de recurso
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O Lyon, orientado por Paulo Fonseca, foi despromovido de forma administrativa ao segundo escalão do futebol francês, na sequência de problemas financeiros que ultrapassam os 175 milhões de euros.
A decisão, anunciada esta terça-feira pela Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG), pode ainda ser alvo de recurso, mas representa um duro golpe para o histórico emblema francês.
A descida decidiu-se com base no artigo 11 do regulamento da liga francesa, sendo que a ameaça de descida existia desde 15 de novembro.
Há dias, após o triunfo do Botafogo sobre o PSG, John Textor afirmou que a situação financeira estava resolvida e que estava tudo bem, mas tal não se confirmou. O empresário norte-americano foi ouvido esta terça-feira na DNCG, mas não conseguiu convencer o organismo de controlo financeiro do futebol francês a levantar as medidas restritivas impostas em novembro, nomeadamente a despromoção administrativa para a Ligue 2.
Alías, Textor até saiu confiante da reunião: "Sabemos que a DNCG está bem ciente de tudo o que propusemos, de todas as nossas opções. Como podem ver pelas contribuições dos nossos acionistas, investimos novo capital, não só para a DNCG, mas também para o nosso processo de licenciamento da UEFA. Para não mencionar a boa notícia da venda do Crystal Palace. A nossa situação de tesouraria melhorou consideravelmente. Reduzimos consideravelmente as nossas despesas, os salários dos jogadores e os contratos antigos foram rescindidos. Por isso, em termos de rentabilidade para o próximo ano, estamos bastante confortáveis."
O Lyon reduziu a massa salarial, teve encaixe no mercado de 100 milhões de euros e qualificou-se para a Liga Europa, mas não foi suficiente.