Bolsonaro gera controvérsia: "Como é que vão pagar à Marta o mesmo salário de Neymar?"
Presidente do Brasil comentou questão que saiu no Exame Nacional do Ensino Médio, que comparava os salários do craque do PSG e da estrela da seleção feminina canarinha.
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Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil, está envolvido em nova controvérsia, desta feita devido aos comentários tecidos sobre uma questão que saiu no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) sobre a diferença salarial entre Neymar, craque do PSG e da seleção, e de Marta, estrela do Orlando Pride (Estados Unidos) e do "escrete" feminino.
"Não tem que ter comparação. Futebol feminino ainda não é uma realidade no Brasil", começou por atirar o chefe de Estado brasileiro, numa conversa com apoiantes reproduzida pela imprensa local. Bolsonaro vincou ainda que o referido exame tem "questões ridículas e absurdas", que pregam "igualdade, mas por baixo". E prosseguiu:
"Todas juntas, as equipas de futebol do Brasil não faturam o que o Neymar ganha por ano. Como é que vão pagar à Marta o mesmo salário? Isso chama-se iniciativa privada, que é quem faz o salário, que mostra para onde o mercado deve ir", acrescentou Bolsonaro.
Pouco depois das declarações do Presidente, Marta fez uma publicação nas redes sociais que terá sido dirigida ao chefe de Estado brasileiro: "Uns serão lembrados como os melhores da História, já outros...", escreveu a internacional canarinha.
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Na pergunta visada, "ilustrada" com dados de 2017, Marta apresenta um salário de 400 mil dólares (330 mil euros), tendo marcado 103 golos pela seleção (3900 dólares por golo). Já a Neymar é atribuído um salário de 14,5 milhões de dólares (cerca de 12 milhões de euros). Na altura, com 50 golos pelo "escrete", apresentava uma média de 290 mil dólares por cada tento marcado.
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