Boca Juniors viaja com positivos à covid-19 e Libertad reage: "Conmebol ignora o próprio protocolo"
Clube argentino teve autorização do Ministério da Saúde do Paraguai para entrar no país com atletas infectados e o adversário de quinta-feira para a Taça Libertadores condenou autorização num duro comunicado: "Repúdio e indignação"
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Depois de registar vários casos, o Boca Juniors obteve autorização do Ministério da Saúde do Paraguai para entrar no país com alguns jogadores infetados. A notícia provocou, no entanto, revolta no Libertad - adversário que defronta em Assunção na quinta-feira à noite (21 horas, uma da manhã em Portugal Continental) para o Grupo H da Taça Libertadores -, clube que divulgou um duro comunicado atacando o emblema argentino e a Conmebol.
O Boca Juniors pediu para entrar no Paraguai com os jogadores que ainda testam positivo para Covid-19, mas não transmitem a doença, justificando a solicitação com o exemplo do Atlético Clube Goianense que também obteve uma autorização idêntica para o jogo contra o Fluminense.
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O clube argentino foi autorizado pelas autoridades sanitárias paraguaias e pela Conmebol, apesar de o protocolo médico da entidade sul-americana não determinar que tal não possível. O Libertad não perdoou e, em comunicado, condenou, a exceção à regra.
"O Libertad manifesta a sua total indignação, repúdio e absoluta preocupação pelo tratamento diferenciado e favorável que se outorga a essas pessoas em detrimento da saúde da população paraguaia", escreveu o clube, lamentando "profundamente que a Conmebol ignore os seus próprios protocolos sanitários, infringindo assim princípios fundamentais de convivência da associação, que colocam em risco a saúde das pessoas que entrarão em contacto com membros da delegação do Boca Juniors".
O clube argentino e a Conmebol não se manifestaram sobre as críticas do Libertad que considera que "o cumprimento estrito dos protocolos sanitários é inegociável", pois "as regras são claras e são para todos, sem exceção".