Beto trabalhou no KFC: "Pagar as contas pela minha mãe era como marcar um golo"
Quando representava o União de Tires, o avançado trabalhou num restaurante da cadeia de comida rápida para conseguir ajudar a mãe a pagar as contas e, ao mesmo tempo, tirar a carta de condução.
Corpo do artigo
Beto, avançado português que atualmente brilha ao serviço da Udinese, atual décima classificada da Serie A, recordou no domingo quando trabalhou num restaurante do KFC para ajudar a mãe a pagar contas e, ao mesmo tempo, tirar a carta de condução.
"Fui ao KFC porque queria tirar a carta [de condução] com o meu próprio dinheiro. Algumas pessoas pensam que a minha história é difícil porque tinha de trabalhar, mas para nós era normal. Na verdade, ri-me um pouco ali, especialmente quando o meu primo estava na caixa ao lado da minha. Acordava cedo, ia diretamente para o KFC, depois corria para o treino e ia dormir imediatamente", começou por recordar, em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".
Nessa altura, Beto representava o União de Tires, longe dos palcos profissionais em Portugal, mas o avançado, atualmente com 25 anos, salientou que sempre acreditou que vingaria no desporto, dizendo ainda que ajudar financeiramente em casa foi uma das coisas que mais alegria lhe trouxe na vida.
"Colocar dinheiro na mesa no final do mês para ajudar a minha família deixou-me orgulhoso. Pagar as contas em vez da minha mãe era como marcar um golo. E depois, esse trabalho também estava ligado à ambição. Enquanto trabalhava no "fast food", eu dizia aos meus amigos que iria ser profissional em cinco anos. Fi-lo em quatro", rematou.
Na presente temporada, a segunda em Itália, Beto leva dez golos e duas assistências em 29 partidas disputadas até ao momento.
16154476
16153720